
Uma nova tecnologia desenvolvida pela Universidade Federal do Paraná (UFPR) pode ser usada em breve para evitar várias doenças. No fim de 2020, o Laboratório de Imunologia Comparada resolveu criar uma vacina contra covid-19. Depois disso, um grupo de cientistas do Departamento de Patologia Básica, propôs ao Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq) um imunizante feito a partir de uma nanopartícula capaz de inibir a ação de outros vírus e bactérias. Uma vacina que pode aumentar a imunidade.
O professor Breno Castello Branco Beirão, disse que a proposta foi aprovada e após o desenvolvimento dessa tecnologia, em breve deve começar a fase de testes em humanos.
O trabalho tem o apoio da Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz). Mesmo ainda sem uma previsão de quando deve ocorrer o lançamento para a população, já é certo que a produção do imunizante vai ajudar na elaboração de várias outras vacinas.
O professor ressalta que o uso das nanopartículas na produção de imunizantes cresceu muito durante a pandemia de Covid-19. Esse método garante que a vacina dure por mais tempo depois de aplicada, ajudando na imunidade. É um desenvolvimento de baixo custo e de grande eficiência. Entre as doenças que esse novo imunizante pode ajudar a combater está a esporotricose, uma infecção da pele que começa normalmente em um dedo ou na mão como um caroço (nódulo) pequeno e indolor. O caroço aumenta lentamente e forma uma ulceração aberta.
Cerca de 15 pessoas no laboratório da Universidade Federal do Paraná trabalham para que a fase de testes possa se tornar em breve uma realidade.
Reportagem: Juliano Couto