MP de Contas pede ao TCU suspensão de salário de militares indiciados pela PF

O Ministério Público junto ao Tribunal de Contas da União (TCU)  pediu à Corte a suspensão do pagamento de salários aos 25 militares indiciados por suposta tentativa de golpe de Estado.

A representação foi assinada nesta sexta-feira (22) pelo subprocurador-geral Lucas Furtado, do MP junto ao TCU.

“Esses militares, que são regiamente pagos pelos cofres públicos e que têm o dever funcional de defender a Pátria, a garantia dos poderes constitucionais, a lei e a ordem (art. 142 da CF), se organizaram, segundo o relatório final apresentado pela Polícia Federal e amplamente comentado em toda a mídia, junto com outros indiciados, para formar uma organização criminosa com o propósito de, justamente, atentar contra todos os valores democráticos e patrióticos que teriam, por missão constitucional, de defender”, diz o documento.

De acordo com a representação, “o cerne da questão envolve a moralidade pública” para além do aspecto econômico — que soma a quantia de cerca de R$ 8,8 milhões por ano, considerando apenas as remunerações mensais.

O subprocurador também pede para que seja decretado a indisponibilidade de bens dos envolvidos e que seja solicitado à Advocacia-Geral da União (AGU) o arresto de patrimônio dos 37 indiciados pela PF, no montante de R$ 56 milhões. O valor é o estimado e cobrado em ações movidas pela AGU sobre os prejuízos após o 8 de janeiro de 2023.

A representação também solicita ao TCU que requeira ao Supremo Tribunal Federal (STF) o compartilhamento da íntegra do relatório de indiciamento produzido pela PF.

Este conteúdo foi originalmente publicado em MP de Contas pede ao TCU suspensão de salário de militares indiciados pela PF no site CNN Brasil.

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