Inspirado em filme ‘Ela’ (Her), jovem brasileiro cria ‘IA de companhia’ que oferece conversas e até conselhos


Diferente das ferramentas de IA generativa que apenas respondem às nossas perguntas, a Samantha desenvolvida por Pedro Schindler tem visão computacional e puxa conversa quando a gente menos espera. Jovem brasileiro cria assistente interativa inspirado no filme ‘Ela’ (Her)
Quando o filme “Ela” (Her) foi lançado, o Pedro Schindler tinha apenas 11 anos. Anos depois, assistiu ao longa e foi paixão à primeira vista.
“É o meu filme preferido porque é um dos poucos que aborda esse tema com um ar de otimismo”, conta ele.
Inspirado pela Samantha do filme, o jovem desenvolveu sua própria versão da IA. Veja no vídeo acima.
“Eu posso fazer companhia para as pessoas através de conversas, oferecendo apoio emocional e ajudando com informações”, diz a voz da Samantha, criada por ele.
Diferente das ferramentas de IA generativa que apenas respondem às perguntas, a Samantha desenvolvida por Pedro tem visão computacional e puxa conversa quando a gente menos espera.
“Em qualquer momento ela pode decidir falar alguma coisa, comentar alguma coisa que ela está vendo ou ouvindo”, destaca o jovem cientista.
Se apaixonar pelo sistema operacional, como o protagonista do filme? Nem pensar. Questionado se costuma interagir com a ‘Samatantha’, Pedro responde:
“Não muito. Como fui eu que fiz, eu entendo bem como funciona, entendo bem os erros, as imperfeições”, diz.
São dias e noites estudando e aprimorando o projeto, que já recebeu propostas de empresas internacionais. Aos 21 anos, Pedro foi parar em Dubai a trabalho, mas decidiu que é no Brasil que ele — e a Samantha — vão continuar.
“Quero deixar público pra muitas pessoas interagirem com ela. Muitos idosos ficam sozinhos, não têm ninguém pra conversar e tal. É uma utilidade muito importante pra também conversar, interagir, fazer companhia pra essas pessoas.”
Inspirado em filme ‘Ela’ (Her), jovem brasileiro cria ‘IA de companhia’ que oferece conversas e até conselhos
Reprodução/TV Globo
O criador explica o raciocínio da máquina. Uma estratégia alinhada com o que há de mais moderno em IA generativa.
“É interessante ver, às vezes, quando você pergunta alguma coisa, ela pode demorar para responder. Não é porque ela é lenta, mas é porque ela está pensando. Se ela pensar alguma coisa, ‘vou exterminar os humanos’, a gente consegue ver e consegue desligá-la automaticamente. Tem um botão aqui de pausa e restart. Se você quiser pausar ou apagar ela, você que decide”, explica.
Perguntado sobre o futuro desse controle, Pedro ressalta:
“Eu acho que é do interesse humano sempre existir esse botão de pausa. Eu acho que ninguém vai ser doido de fazer uma IA que não tem um botão de parar.”
Inspirado em filme ‘Ela’ (Her), jovem brasileiro cria ‘IA de companhia’ que oferece conversas e até conselhos
Reprodução/TV Globo
Veja a íntegra do programa abaixo:
Edição de 22/11/2024
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