Prefeito de BH promove “limpa” em gabinetes e exonera nomes ligados a Alexandre Kalil

O prefeito de Belo Horizonte, Fuad Noman (PSD), exonerou diversas pessoas próximas ao ex-prefeito Alexandre Kalil, que ocupavam cargos comissionados na prefeitura com salários entre R$ 5 mil e R$ 10 mil. A decisão ocorre após Kalil deixar o PSD, partido pelo qual foi eleito em 2017, e declarar apoio ao candidato Mauro Tramonte (Republicanos).

Entre os exonerados estão Fernanda Amarante e seu irmão, Marcelo Amarante, respectivamente ex-namorada e ex-cunhado de Kalil. Ambos são alvo de uma ação civil do Ministério Público de Minas Gerais, que também acusa o ex-prefeito de nepotismo. A justiça ainda não tem uma decisão final sobre o caso.

Em 2017, Kalil nomeou Fernanda para um cargo na assessoria jurídica do gabinete da prefeitura. Três anos depois, em 2020, Marcelo foi designado para um cargo comissionado na Fundação de Parques Municipais e Zoobotânica. Ambos constam entre os demitidos em documento publicado no diário oficial da cidade.

Outro nome ligado a Kalil é Raimundo Cirilo, aliado do ex-prefeito desde os tempos em que atuou como dirigente no Clube Atlético Mineiro. Ele é cunhado da ex-primeira-dama Ana Laender e ocupava um cargo comissionado, na Fundação de Parques Municipais e Zoobotânica.

A ex-primeira-dama Ana Laender viu ainda outros conhecidos deixarem seus cargos na prefeitura, incluindo a sobrinha Carolina Laender, que trabalhava na Secretaria de Cultura, e a amiga pessoal Cláudia Barcaro, que ocupava um cargo na Secretaria da Saúde.

Ex-aliado agora é adversário político

Fuad Noman foi vice-prefeito de Kalil na campanha de 2020 para a prefeitura de Belo Horizonte. Em 2022, Noman assumiu a prefeitura após Kalil deixar o cargo para concorrer ao governo estadual de Minas Gerais. Agora, dois anos depois de perder a eleição, Kalil trocou de partido e está no lado oposto de seu antigo aliado político.

Outro lado

A CNN procurou a Prefeitura de Belo Horizonte para comentar as exonerações e aguarda um posicionamento sobre o caso.

Alexandre Kalil também foi procurado pela CNN, porém até a publicação desta reportagem, não havia recebido uma resposta.

Fernanda Amarante, Marcelo Amarante, Raimundo Cirilo, Carolina Laender e Claudia Barcaro não foram localizados pela reportagem. O espaço está aberto para eventuais manifestações.

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