Paraná: 134 são presos por exploração e abuso sexual infantil

A Polícia Civil do Paraná prendeu 134 pessoas por exploração e abuso sexual infantil. As prisões são resultado da Operação Hagnos, coordenada pelo Ministério da Justiça em parceria com 26 estados e o Distrito Federal. No Paraná, a ação aconteceu em parceria com a Secretaria de Estado da Segurança Pública. Entre os dias 1º e 29 de novembro, foram cumpridos mandados expedidos contra investigados ou condenados judicialmente por crimes contra crianças e adolescentes em todo o estado e também em Santa Catarina, Mato Grosso, Rio Grande do Sul e Rondônia. Uma das capturas foi a de um homem que estava foragido há 12 anos pela prática de estupro de vulnerável em Foz do Iguaçu, no Oeste do Estado. Ele foi localizado na cidade catarinense de Indaial e encaminhado ao sistema penitenciário. Ao todo, 34 pessoas foram presas por estupro de vulnerável. Outros 97 foram presos em flagrante e três adolescentes foram apreendidos, também em flagrante, por delitos praticados contra o grupo foco da operação. A delegada chefe da Divisão de Polícia Especializada, Luciana Novaes, destaca que o intuito é, principalmente, evitar que criminosos já condenados façam novas vítimas.

A operação resultou ainda no encaminhamento de 100 suspeitos às unidades policias para prestar esclarecimentos. Além das atividades de polícia judiciária, a ação também foi educativa.

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Ao longo dos 29 dias foram realizadas palestras sobre temas como bullyng, ciberbullyng, crimes sexuais contra menores de idade e medidas de prevenção a ataques em escolas. Materiais educativos também foram distribuídos para mais de sete mil pessoas. A delegada considera essencial que a população esteja bem informada sobre o tema e saiba como denunciar e pedir ajuda.

A operação resultou ainda no registro de 712 boletins de ocorrência e instauração de 301 inquéritos policiais, além da solicitação de 235 medidas protetivas de urgência. A ação integra a celebração do Dia Mundial da Criança, comemorado em 20 de novembro. No Brasil, crianças e adolescentes, com até 13 anos, representaram mais de 60% das vítimas de estupros de vulnerável em 2023.

Reportagem: Vanessa Fontanella