Rússia lança ataque massivo contra o setor energético da Ucrânia, diz ministro

A Rússia lançou um novo ataque generalizado à infraestrutura energética da Ucrânia durante a noite, forçando o país a implementar cortes de energia emergenciais, relataram autoridades ucranianas nesta sexta-feira (13).

“O inimigo continua seu terror. Mais uma vez, o setor de energia em toda a Ucrânia está sob ataque maciço”, escreveu o ministro de energia ucraniano, German Halushchenko, em sua página oficial no Facebook.

A extensão dos danos ainda não foi esclarecida, informou ele, enquanto aconselha as pessoas a permanecerem em abrigos.

As ruas da capital, Kiev, permaneceram em grande parte vazias nesta sexta-feira de manhã, quando a força aérea ucraniana emitiu um alerta de ameaça de mísseis balísticos e de cruzeiro que podem atingir partes do país.

Ukrenergo, operador da rede de energia da Ucrânia, explicou que estava introduzindo cortes de energia em todo o país.

As forças de Moscou intensificaram os bombardeios no território ucraniano nos últimos meses, deixando o país em uma posição precária.

No mês passado, o presidente russo Vladimir Putin ameaçou atacar a Ucrânia novamente com um novo míssil balístico nuclear, após uma ofensiva generalizada à infraestrutura de energia que deixou mais de um milhão de famílias ucranianas sem energia no país.

O mais recente ataque da Rússia vem depois que Moscou prometeu, na quinta-feira (12), responder a uma investida de Kiev em uma cidade no sudoeste do território russo. O Kremlin alegou que a ação da Ucrânia envolveu seis mísseis balísticos ATACMS fabricados pelos Estados Unidos.

O governo ucraniano reconheceu que fez “acertos tangíveis em alvos russos”, na quarta-feira (11), incluindo instalações militares e de energia, mas não detalhou que tipo de mísseis foram usados.

Os EUA anunciaram na quinta-feira um pacote de ajuda de US$ 500 milhões para a Ucrânia nos próximos dias que irá retirar equipamentos das reservas militares dos americanos.

O governo Biden está trabalhando para aumentar as entregas de armas à Ucrânia em seus últimos dias no cargo, em um esforço para colocar Kiev em uma base sólida até 2025, segundo um alto funcionário da administração.

Entenda a Guerra entre Rússia e Ucrânia

A Rússia invadiu a Ucrânia em fevereiro de 2022 e entrou no território por três frentes: pela fronteira russa, pela Crimeia e por Belarus, país forte aliado do Kremlin. Forças leais ao presidente Vladimir Putin conseguiram avanços significativos nos primeiros dias, mas os ucranianos conseguiram manter o controle de Kiev, ainda que a cidade também tenha sido atacada.

A invasão foi criticada internacionalmente e o Kremlin foi alvo de sanções econômicas do Ocidente.

Em outubro de 2024, após milhares de mortos, a guerra na Ucrânia entrou no que analistas descrevem como o momento mais perigoso até agora.

As tensões se elevaram quando o presidente russo, Vladimir Putin, ordenou o uso de um míssil hipersônico de alcance intermediário durante um ataque em solo ucraniano. O projétil carregou ogivas convencionais, mas é capaz de levar material nuclear.

O lançamento aconteceu após a Ucrânia fazer uma ofensiva dentro do território russo usando armamentos fabricados por potências ocidentais, como os Estados Unidos, o Reino Unido e a França.

A inteligência ocidental denuncia que a Rússia está usando tropas da Coreia do Norte no conflito na Ucrânia. Moscou e Pyongyang não negam, nem confirmam o relato.

O presidente Vladimir Putin, que substituiu seu ministro da Defesa em maio, disse que as forças russas estão avançando muito mais efetivamente – e que a Rússia alcançará todos os seus objetivos na Ucrânia, embora ele não tenha dado detalhes.

O presidente ucraniano, Volodymyr Zelensky, disse acreditar que os principais objetivos de Putin são ocupar toda a região de Donbass, abrangendo as regiões de Donetsk e Luhansk, e expulsar as tropas ucranianas da região de Kursk, na Rússia, das quais controlam partes desde agosto.

 

Este conteúdo foi originalmente publicado em Rússia lança ataque massivo contra o setor energético da Ucrânia, diz ministro no site CNN Brasil.

Adicionar aos favoritos o Link permanente.