Jovem mexia no celular quando caiu de heliponto em prédio de Balneário Camboriú; veja dicas de como fotografar em segurança


Bombeiros recomendam não se pendurar em guarda-corpos e não ficar em locais de acesso restrito. Médico destaca que é importante não se orientar pela tela do celular e ver onde está pisando. Prédios em Balneário Camboriú
Ângelo Borba/Divulgação
A jovem de 22 anos que morreu após tropeçar e cair de um prédio de 23 andares em Balneário Camboriú, no Litoral Norte de Santa Catarina, mexia no celular quando houve o acidente. A situação é investigada pela Polícia Civil.
Com a proximidade da temporada de verão, aumenta o número de visitantes em atrações ao ar livre em Santa Catarina e, com isso, o risco de acidentes. O g1 conversou com o Corpo de Bombeiros Militar e a Sociedade Brasileira de Trauma Ortopédico (SBTO) para buscar orientações de segurança sobre como evitar acidentes ao fazer vídeos e fotos em locais altos.
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Locais com acesso público e risco de queda
O 1º Tenente Wagner Medella de Santana, do Corpo de Bombeiros Militar de Balneário Camboriú, explicou que todos os locais com acesso ao público que possuem risco de queda devem ser protegidos por guarda-corpo.
Nesses lugares, deve-se evitar subir ou dependurar-se nos guarda-corpos para tirar fotos.
“Evite situações de risco, como ficar próximo a penhascos, sentado em muretas ou perto de pedras escorregadias, onde um deslize pode resultar em quedas no mar ou em cachoeiras”, acrescentou o presidente da Sociedade Brasileira de Trauma Ortopédico, médico Marcelo Tadeu Caiero.
Caso algum local que seja aberto ao público e tenha risco de queda não possua guarda-corpo pode ser feita denúncia ao Corpo de Bombeiros Militar de Santa Catarina, por meio do Serviço de Segurança Contra Incêndio (SSCI) local.
Locais de acesso restrito
Não devem ser acessados pelo público geral, não sendo locais adequados ou seguros para tirar fotos, conforme Santana.
Não se orientar pelo celular
Caieiro reforçou a importância de nunca subestimar os riscos do ambiente ao redor.
“Muitas vezes, a pessoa se orienta pela tela do celular e não se atenta ao entorno, onde está pisando, se há risco de cair, se afogar. Então veja onde está pisando, o que tem ao redor para, em segurança, fazer a foto”.
Atenção máxima também ao caminhar
O médico destacou que acidentes também podem ocorrer ao caminhar pela rua olhando a tela do celular.
“Não caminhe e use o celular ao mesmo tempo. Atente-se ao trajeto, nos obstáculos e demais riscos que pode haver no caminho”, concluiu.
Quedas fatais e politraumatismo
Quando uma queda de altura não é fatal, pode resultar em uma série de lesões, o chamado politraumatismo, que é quando pelo menos duas partes do corpo se lesionam gravemente, explicou o médico.
A energia desprendida no momento da lesão está diretamente relacionada com a gravidade das lesões. “Quanto maior a velocidade que o corpo se desloca no momento do trauma, mais sérias as lesões serão”, explicou.
Os ferimentos vão depender de como ocorreu a queda. “Obviamente, quando o paciente cai e tem um trauma crânioencefálico, ou seja, caiu de cabeça, o seu risco de vida acaba sendo maior, sem dúvida nenhuma, por ser um órgão nobre onde um dano muito grave pode evoluir para um óbito”, disse o médico ortopedista Gustavo Sanchez, que também é da SBTO.
“No entanto, mesmo se a queda for caindo sentado ou caindo em pé, também têm gravidades relevantes para serem consideradas, incluindo diversas fraturas”, completou.
Morte de jovem
Caroline Oliveira morreu ao tropeçar e cair de prédio em avenida de Balneário Camboriú
Reprodução/Redes Sociais
Caroline Oliveira morreu na noite de domingo (8). Segundo o Corpo de Bombeiros, ela estava no heliponto quando tropeçou, perdeu o equilíbrio e caiu.
O irmão da vítima estava com ela no momento. Quando os bombeiros chegaram, ela já estava sem sinais vitais.
O condomínio do prédio afirmou que a área onde ela tropeçou, onde fica um heliponto, é restrita para moradores e usada apenas como rota de fuga para emergências.
O caso aconteceu na Avenida Atlântica. Em nota, o Condomínio Edifício Império do Sol esclareceu que a jovem não morava no edifício. Também informou que há placas de sinalização, embora não tenha detalhado como é feita a segurança do local.
O prédio tem 23 andares de apartamentos, e o heliponto fica acima do 23º andar, segundo o condomínio.
Jovem morre ao cair de heliponto em prédio de Balneário Camboriú
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