Bashar al-Assad, ex-ditador da Síria, se manifesta pela primeira vez desde que rebeldes tomaram o controle do governo


Segundo ele, Moscou pediu uma retirada imediata dele para a Rússia. Assad disse que, em nenhum momento, considerou renunciar ou buscar refúgio. Bashar Al-Assad, ex-ditador da Síria, fala pela 1ª vez desde fuga do país
O ex-ditador da Síria se manifestou pela primeira vez desde que rebeldes tomaram o controle do governo e o fizeram fugir do país.
Bashar Al-Assad disse que a saída da Síria não foi planejada. Ele contou que deixou a capital Damasco nas primeiras horas de domingo, 8 de dezembro, com o avanço dos rebeldes – que ele chamou de “terroristas”. Assad afirmou que ficou na base militar da aliada Rússia, em Latakia, no território sírio, para “supervisionar os combates”.
De acordo com o ditador, logo ficou claro que as Forças sírias tinham se retirado completamente das linhas de batalha, e a base aérea, onde ele estava, começou a ser atacada com drones. Segundo ele, foi Moscou que pediu uma retirada imediata para a Rússia. Assad disse que, em nenhum momento, considerou renunciar ou buscar refúgio. Sem mostrar provas, disse ainda que ficou ao lado dos soldados, a poucos metros de terroristas.
Bashar al-Assad, ex-ditador da Síria, se manifesta pela primeira vez desde que rebeldes tomaram o controle do governo
Jornal Nacional/ Reprodução
O chefe do grupo que tomou o controle de Damasco, Mohammad al-Jolani, pediu nesta segunda-feira (16) que países ocidentais não classifiquem os rebeldes como terroristas e permitam o envio de recursos para a reconstrução.
O destino político da Síria, ainda cheio de incertezas, tem levado um país vizinho a intensificar as operações militares. Nesta segunda-feira (16), Israel atacou depósitos de mísseis na Síria. O Observatório Sírio para os Direitos Humanos afirmou que os bombardeios foram os mais pesados na região costeira do país desde 2012. Benjamin Netanyahu justifica as operações como uma forma de evitar que armas do Exército sírio caiam nas mãos de extremistas.
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O primeiro-ministro também aprovou novos planos para as Colinas de Golã. O objetivo é aumentar os assentamentos e dobrar a população israelense nessa área – estimada em 20 mil habitantes.
Israel ocupa as Colinas de Golã desde 1967. Naquele ano, depois de várias ameaças e demonstrações de força militar do Egito, Israel deflagrou um ataque preventivo, e teve início a Guerra dos Seis Dias. As Forças israelenses também lutaram contra a Jordânia.
Durante e ao final do conflito, Israel ampliou as regiões sob seu controle, que passaram a incluir a Cisjordânia e a Faixa de Gaza, a Península do Sinai, no Egito, e as Colinas de Golã, na Síria.
Os governos da Turquia, do Catar e da Arábia Saudita condenaram a decisão de Netanyahu. Até a Alemanha – que é uma forte aliada de Israel – pediu que o país abandone o projeto que prevê a expansão de assentamentos nas Colinas de Golã.
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