Fotolivro propõe reflexão sobre a relação das cidades do Baixo Vale do Itajaí com seus rios

Fotos e poemas debatem as implicações da urbanização desordenada nos cursos d’água da região. Projeto é uma realização da fotógrafa Clarissa Herrig

O crescimento exponencial das cidades que compõem o Baixo Vale de Itajaí, não raramente, é celebrado pela pujança econômica da região. Esse modelo de desenvolvimento, no entanto, ameaça a existência dos ambientes naturais que a caracterizam, sobretudo os ecossistemas costeiros e marinhos. A fim de questionar a relação dos municípios da região com esses ambientes, o fotolivro Do Rio pro Mar lança um olhar artístico que une fotografia e poesia para ressaltar a importância da preservação dessas áreas. O trabalho pode ser conferido em galeria digital acessível a todos, incluindo pessoas com deficiência visual e auditiva, neste link: http://www.behance.net/doriopromar.

A obra reúne fotografias de Clarissa Herrig e Alvaro Fiore, que traduzem, com sensibilidade e precisão, a força visual e os detalhes sutis dos ecossistemas costeiros. Essas imagens, por si só impactantes, encontram nos poemas de Ana Valéria Fink um complemento poético que amplia seus significados. A poesia acrescenta camadas de emoção e reflexão, revelando a complexidade da relação entre as comunidades locais e os rios que as sustentam. A curadoria e edição da publicação é de Lucila Horn, coordenadora do Núcleo de Estudos em Fotografia e Arte (NEFA).

O projeto reafirma a importância da conexão entre arte, cultura e meio ambiente, mostrando como a Natureza é um fio essencial na trama da identidade local. Mais do que um registro artístico, o fotolivro e o evento pretendem ser um convite à reflexão e à transformação, inspirando ações em prol da sustentabilidade dos ecossistemas aquáticos.

Responsável pelo projeto, a fotógrafa Clarissa Herrig reflete sobre o significado e o impacto do projeto. “É um manifesto visual e poético, uma provocação para repensarmos nossa desconexão com os rios, essas entidades vitais que nos sustentam, mas que insistimos em negligenciar. Durante nossas saídas fotográficas, além do impacto causado pelo excesso de lixo em muitos pontos, o que mais me marcou foi o apagamento simbólico e físico dos rios no espaço urbano”, pondera.

Do Rio pro Mar é fruto do incentivo cultural proporcionado pela Lei Paulo Gustavo, com recursos do Governo Federal e correalização da Fundação Catarinense de Cultura (FCC). A obra reafirma o compromisso com a democratização do acesso à arte e à reflexão ambiental, com versões físicas e terá, ainda, uma galeria digital acessível a todos, incluindo pessoas com deficiência visual e auditiva.

Foto – Clarissa Herrig

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