Vereador preso por esquema de fraudes em licitações renuncia ao mandato em Cubatão, SP


Carta de renúncia foi lida durante a 26ª Sessão Ordinária da Câmara Municipal de Cubatão. Vereador Ricardo Queixão (PSD) foi preso suspeito de integrar esquema de fraudes em licitações e envolvimento com o PCC. O vereador Ricardo Queixão (PSD), da cidade de Cubatão, no litoral de SP.
Divulgação/Câmara Municipal de Cubatão
O ex-presidente da Câmara Municipal de Cubatão (SP), Ricardo Queixão (PSD), renunciou ao mandato de vereador. Ele foi preso preventivamente em abril, na Operação Munditia, deflagrada contra esquema de fraudes a licitações que favoreciam empresas ligadas ao PCC. Em carta apresentada ao Legislativo, o parlamentar disse que a decisão é de “cunho estritamente pessoal”.
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Segundo a TV Tribuna, afiliada a Globo, a carta de renúncia foi apresentada na 26ª Sessão Ordinária da Câmara de Cubatão, nesta terça-feira (30). ‘Queixão’ estava em seu terceiro mandato, eleito em 2020 com 1.031 votos. Ele também havia vencido as eleições em 2012 e 2016.
Em trecho do documento, o ex-vereador afirma: “as razões que me levaram a essa decisão são de cunho estritamente pessoal. Sendo assim, ratifico e reitero, de forma livre, espontânea, expressa, irrevogável e irretratável a renúncia ao mandato de vereador”.
Vereador Ricardo Queixão, do PSD, renuncia cargo em Cubatão
O cargo de Queixão deve ser assumido pelo vereador suplente Anderson De Lana (PSDB), que deve ser empossado na Câmara Municipal na próxima quinta-feira (1).
Em mensagem publicada nas redes sociais, o advogado de Queixão disse que, neste momento, não irá se manifestar sobre o assunto. Também revelou que a defesa está empenhada em solucionar a injusta prisão preventiva o mais breve possível.
Prisão
Em ordem da esquerda para direita, o vereador Ricardo Queixão, o diretor da Câmara Aureo Tupinamba e a funcionária da prefeitura Fabiana de Abreu Silva.
Redes sociais
Queixão foi preso em 16 de abril, durante operação realizada pelo Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado (Gaeco) e a Polícia Militar, para dar cumprimento a mandados de busca e apreensão e prisão temporária expedidos pela 5ª Vara Criminal de Guarulhos.
A investigação do MP-SP apontou empresas que atuavam de forma recorrente para frustrar a competição nos processos de contratação de mão de obra terceirizada no Estado em diversas prefeituras e câmaras municipais.
Em depoimento, o ex-vereador disse que recebia “ajuda” de R$ 5 mil mensais do empresário Vagner Borges Dias, tido como principal nome do esquema criminoso e que está foragido. Em 25 de abril, ele teve a prisão temporária convertida em preventiva.
Vereador Queixão, de Cubatão (SP), admitiu receber Pix de R$ 5 mil mensais de empresário que está foragido. Ele teve a prisão temporária convertida em preventiva
Redes sociais e reprodução
A suspeita é que o grupo investigado tenha envolvimento com a facção criminosa Primeiro Comando da Capital (PCC). Diversas cidades do estado, entre elas Cubatão e Guarujá, estão com contratos sob análise.
Na Baixada Santista, junto de Queixão, também foram presos: Fabiana de Abreu Silva, funcionária da prefeitura, e Aureo Tupinamba, advogado de André do Rap e diretor da Câmara Municipal de Cubatão.
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