Distrito Federal registra primeiro caso de sarampo em quatro anos

A Secretaria de Saúde do Distrito Federal (SES-DF) confirmou, nesta quarta-feira (19), um caso de sarampo, o primeiro desde 2021. A paciente é uma mulher, entre 30 e 35 anos, não foi internada e se recupera da doença em casa. A doença é muito contagiosa e estava erradicada há quatro anos no DF.

A paciente começou a apresentar sintomas no dia 27 de fevereiro, com bolhas avermelhadas na pele desde o dia 1° de março. Segundo a Secretaria, ela já está curada.

A pasta entrou em contato com 278 pessoas que possivelmente tiveram contato com a mulher recentemente e irá monitorá-las até o início de abril, buscando conter a disseminação do vírus. A SES-DF não identificou outros casos da doença e há a suspeita de que a paciente tenha contraído o vírus durante uma viagem internacional.

A transmissão é direta, isto é, de pessoa a pessoa, por meio das secreções expelidas ao tossir, falar ou respirar e que permanecem dispersas no ar, especialmente em ambientes fechados. As pessoas infectadas são geralmente contagiosas cerca de seis dias antes do aparecimento da erupção cutânea e até quatro dias depois.

O primeiro sintoma do sarampo é febre alta de quatro a sete dias, junto com coriza, tosse e olhos avermelhados. Após três dias, surgem manchas vermelhas na pele, normalmente começando pela face e atrás do pescoço, progredindo para membros inferiores, com duração de cerca de três dias e desaparece na ordem do aparecimento.

Os grupos que apresentam maiores complicações são as crianças menores de cinco anos, especialmente aquelas desnutridas e pessoas com imunodepressão ou em condições de vulnerabilidade. As complicações envolvem quadros de otite média, diarreia, pneumonia e encefalite, os dois últimos podem, inclusive levar à morte.

A vacina contra o sarampo está incluída na tríplice viral, que ainda imuniza contra a rubéola e a caxumba. Em novembro do ano passado, a então ministra da Saúde, Nísia Trindade, anunciou que o Brasil voltou a ser considerado livre do sarampo, da rubéola e da síndrome da rubéola congênita, posto que foi perdido em 2019.

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