PC investiga agência de modelos que eram estupradas em Curitiba

A Polícia do Paraná investiga se há mais vítimas da falsa agência de modelos em Curitiba, onde mulheres que agendavam sessão fotográfica, eram estupradas e tinham o material gravado por um homem que depois passava a extorquir as vítimas. O suspeito de estuprar e extorquir as mulheres foi preso na madrugada de segunda-feira (24) em Curitiba.

De acordo com a Polícia Civil do Paraná, o homem, de 39 anos, se apresentava como agente de modelos nas redes sociais para atrair as vítimas. Ele convencia as mulheres a marcar um suposto ensaio fotográfico em um hotel, no Centro da cidade.

No local, as ameaçava e as obrigava a manter relações sexuais com ele. As investigações apontam que o homem filmava o estupro e divulgava os conteúdos gravados, junto com dados pessoais das mulheres, em grupos na internet. Ainda segundo a polícia, o suspeito enviava mensagens ameaçadoras para algumas mulheres, exigindo dinheiro e vantagens sexuais para não compartilhar os vídeos.

Ele é apontado como responsável por uma série de extorsões que aconteciam desde 2018. Até o momento, sete vítimas já foram identificadas. Na ação desta segunda-feira, foram apreendidos celulares, documentos falsos e um pen-drive contendo material pornográfico.

O criminoso fazia registros em vídeo dos abusos, para utilizá-los como forma de extorsão. Em 2024, segundo a investigação, o homem começou a enviar mensagens ameaçando algumas vítimas, exigindo dinheiro, relações sexuais e produtos de consumo em troca de não divulgar os vídeos para amigos, familiares e redes sociais.

O preso, que já tinha mandado de prisão em aberto por estelionato, não teve o nome divulgado. Ele também foi autuado por falsidade ideológica por ter apresentado um nome falso para a polícia durante a prisão. Seis vítimas são do estado do Paraná e uma de Santa Catarina.

A Polícia Civil investiga a participação de mais pessoas nesses crimes.

Informações: Juliano Couto e Vanessa Fontanella