O governo Trump está pronto para reconhecer o controle russo da Crimeia como parte de uma proposta para ajudar a pôr fim à guerra com a Ucrânia, segundo autoridade familiarizada com o acordo.
A proposta também estabeleceria um cessar-fogo nas linhas de frente da guerra, explicou a fonte.
O acordo foi compartilhado com autoridades europeias e ucranianas que se encontraram em Paris na sexta-feira (18), informou.
A informação também foi comunicada em um telefonema entre o Secretário de Estado dos EUA, Marco Rubio, e o Ministro das Relações Exteriores da Rússia, Sergei Lavrov.
Ainda há partes da proposta a serem preenchidas.
Os EUA planejam trabalhar com a Europa e a Ucrânia sobre isso na próxima semana em Londres, afirmou a autoridade.
O governo Trump está planejando simultaneamente outra reunião entre o enviado do presidente Donald Trump para o Oriente Médio, Steve Witkoff, e autoridades russas para convencer Moscou a aderir ao acordo geral dos EUA, disse a fonte.
As forças russas tomaram o controle da península da Crimeia em 2014, e Moscou anexou o território, em uma ação considerada ilegal pela vasta maioria da comunidade internacional.
A medida prenunciou a invasão em larga escala da Ucrânia pela Rússia em 2022.
Entenda o conflito entre Rússia e Ucrânia
O conflito na Ucrânia, que começou com a invasão russa em larga escala em fevereiro de 2022, continua sendo marcado por violência e mortes de civis.
Recentemente, dois mísseis balísticos russos atingiram Sumy, no norte da Ucrânia, matando 34 pessoas e ferindo 117. Este foi o ataque mais mortal na Ucrânia neste ano.
O presidente ucraniano Volodymyr Zelensky condenou veementemente a ofensiva e fez um novo apelo por mais ações contra Moscou. Ele também pediu que o presidente dos EUA, Donald Trump, visitasse a Ucrânia.
Zelensky expressou dúvidas sobre o apoio contínuo dos Estados Unidos a longo prazo, embora reconheça que os EUA são um parceiro estratégico.
Os dois líderes tiveram uma reunião tensa no Salão Oval neste ano, marcada por uma troca de farpas diante da imprensa.
O presidente ucraniano pediu que os EUA participassem de um esforço internacional de paz, ajudando a proteger o espaço aéreo ucraniano.
A Rússia nega ter como alvo civis, mas milhares foram mortos e feridos desde o início da invasão.
Os russos atualmente controlam cerca de 20% do território ucraniano no leste e sul.
A Ucrânia está compartilhando informações sobre supostos crimes de guerra com parceiros internacionais, e o Tribunal Penal Internacional investiga os casos.
Sob a administração Trump, os EUA realizaram conversas com representantes russos e ucranianos em uma tentativa de acabar com as ofensivas.
Apesar de acordos de cessar-fogo terem sido anunciados, as duas partes continuam trocando ataques.
O enviado especial de Trump, Steve Witkoff, se reuniu com Putin para discutir um acordo de paz, mas os ataques recentes vêm mostrando uma fragilidade dos esforços de paz e a continuidade do conflito.
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