Médico pediatra suspeito de estupro é afastado da diretoria da Apae


O médico ocupava um cargo na direção da instituição que atende pessoas com deficiência intelectual e múltipla. O médico deve ser ouvido pela Polícia Civil nesta quinta-feira (8). Pediatra Fernando Cunha Lima é suspeito de estuprar uma paciente de 9 anos de idade durante uma consulta, em João Pessoa
TV Câmara/Reprodução
A Associação de Pais e Amigos dos Excepcionais de João Pessoa (APAE) decidiu nesta quarta-feira (7) afastar o médico pediatra Fernando Paredes Cunha Lima de suas funções como membro da diretoria da instituição. O homem é suspeito de abusar uma menina de 9 anos dentro do próprio consultório durante uma consulta no dia 25 de julho, em João Pessoa.
Em nota divulgada nas redes sociais, a associação afirma que uma reunião extraordinária com a diretoria executiva e o conselho de administração, realizada nesta tarde, decidiu por unanimidade pelo afastamento do médico. A APAE é uma instituição que atende pessoas com deficiência intelectual e múltipla e suas famílias.
Ainda de acordo com a APAE, o investigado não atuava como médico no local desde 2022 e que, enquanto profissional voluntário, realizava consultas exclusivamente na presença de familiares e membros especializados da equipe multiprofissional.
À TV Cabo Branco, a defesa do pediatra disse que só irá se posicionar sobre as denúncias após o depoimento dele à Polícia Civil, que deve acontecer nesta quinta-feira (8).
A denúncia
O pediatra foi denunciado pela mãe de uma paciente de 9 anos que relatou ter flagarado o homem abusando de sua filha. O caso teria acontecido no dia 25 de julho. O caso segue em segredo de justiça.
Em entrevista à TV Cabo Branco, a mãe da vítima contou que estava com as duas filhas no consultório do médico. Ela afirma que transcrevia uma receita de remédios, enquanto o médico estava no outro lado do consultório brincando com a filha caçula dela no colo e, ao mesmo tempo, abusando da menina de 9 anos.
Médico pediatra é suspeito de estuprar crianças em João Pessoa
A mãe afirma que quando terminou de transcrever a receita, ela se levantou e se direcionou para a frente da maca e se deparou com o médico tocando as partes íntimas da criança. A mulher contou que retirou as filhas do local, foi até a delegacia e registrou a denúncia.
Nesta quarta-feira (7), o Conselho Regional de Medicina (CRM-PB) informou que abriu uma sindicância para a purar o caso. A delegada Isabela Emanuela, que comanda as investigações, não quis dar entrevista porque o caso está em segredo de justiça.
Sobrinha do pediatra também denunciou abuso
Gabriela Cunha Lima é sobrinha do médico denunciado, Fernando Cunha Lima, e disse que também sofreu um abuso em 1991, quando ela, na época, tinha também 9 anos.“Eu me senti suja. Eu não entendi aquele momento que não fui eu, que a culpa não era minha”.
Médico pediatra Fernando Cunha Lima é investigado por estupro em João Pessoa
À TV Cabo Branco, a defesa do pediatra disse que só irá se posicionar após o depoimento dele à Polícia Civil, que deve acontecer nesta quinta-feira (8). Gabriela foi até a Delegacia de Crimes Contra a Infância e Juventude nesta quarta-feira (7) para formalizar a denúncia.
Nesta quarta-feira (7), Gabriela Cunha Lima conversou com a TV Cabo Branco após a denúncia ter vindo à tona. Ela relatou que na época, não houve uma denúncia formal, mas que o fato ocasionou um rompimento familiar.
A mulher conta que na infância a família tinha o costume de passar férias na casa de praia do médico, em João Pessoa. Em uma dessas ocasiões, ela foi chamada pelo pediatra e tio para ir até o quarto dele. Quando chegou no local, foi abusada pelo homem.
Por dois anos, Gabriela Cunha Lima não falou para os familiares sobre o ocorrido, tendo contado apenas para uma prima que estava na casa do pediatra no dia do ocorrido.
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