Entenda as mudanças do novo marco regulatório do EaD

Entenda as mudanças do novo marco regulatório do EaD

As instituições de ensino superior terão dois anos para adaptação gradual dos cursos EaD após a publicação do marco regulatório. O decreto define medicina, direito, odontologia, enfermagem e psicologia como presenciais.

Além disso, determina que os demais cursos da área da saúde (farmácia, biomedicina e fisioterapia) e licenciaturas deverão ser ofertados nos formatos presencial (ao menos 70% da carga com presença física) ou semipresencial (30% da carga horário presencial e 20% com presença física). Outra determinação é a existência de pelo menos uma avaliação presencial a cada disciplina curricular.

De acordo com o MEC (Ministério da Educação), o foco do novo marco regulatório da Educação à Distância é o estudante e a valorização dos professores, além da garantia de infraestrutura dos polos e qualificação do corpo docente.

O ministro da Educação, Camilo Santana, detalha que o documento aprimora o modelo de ensino.

A ABED (Associação Brasileira de Educação à Distância) afirma, por meio de nota, que reconhece a importância da publicação de um novo marco regulatório para a EaD. Alega também que é um passo importante para a reorganização de um setor que estava paralisado e carecia de diretrizes atualizadas.

Porém, o presidente da instituição, João Mattar, indica alguns pontos de divergências.

Com a nova Política de EaD, as instituições de ensino que oferecem a modalidade deverão ter infraestrutura física e tecnológica adequada, além de estrutura mínima com laboratórios e ambientes para estudos.

Em relação aos estudantes já matriculados, terão direito assegurado à conclusão do curso no formato previsto no ato de matrícula. Desta forma, a faculdade deverá ofertar educação à distância até a conclusão das turmas. O presidente da ABED detalha prestar apoio às universidades.

O MEC aponta que, no período de 2018 a 2023, os cursos a distância cresceram 232% no país. Dos 5.570 municípios do Brasil, 3.392 deles têm estudantes matriculados em cursos de EAD. Essas cidades representam 93% da população brasileira.

Reportagem: Mirian Villa

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