Genro suspeito de matar padeiro a tiros enquanto ele defendia filha de agressões é preso na Baixada Fluminense


Confusão teria começado por conta de uma chave de casa. Vídeo mostra momento da morte de padeiro na Baixada Fluminense
O motoboy Douglas Santos dias, de 31 anos, foi preso nesta quinta-feira (8), suspeito de matar o sogro a tiros enquanto o homem defendia a filha de agressões. O crime aconteceu no domingo passado (4).
Douglas chegou a se apresentar na 58ª DP (Posse) nesta quarta (7), mas a Justiça ainda não tinha expedido o mandado de prisão preventiva, que só foi despachado no dia seguinte ao depoimento do suspeito.
O motoboy foi preso preventivamente pelo homicídio do padeiro Valdemir Araújo Lima, de 46 anos, mas há também uma investigação de violência doméstica em andamento na distrital. Ele responde por homicídio triplamente qualificado.
De acordo com a família, o padeiro foi morto ao intervir em uma briga que começou porque a jovem esqueceu a chave de casa, no bairro da Posse, em Nova Iguaçu, na Baixada Fluminense.
Uma câmera de segurança da rua onde o padeiro morava registrou o momento da morte. Por volta de 23h06, o motoboy chega na garupa de uma moto. Ele tenta forçar a entrada na residência, enquanto o padeiro tenta impedí-lo. As imagens não mostram, mas é possível ouvir a discussão.
O padeiro Valdemir Araújo Lima, de 46 anos, foi morto neste domingo (4)
Arquivo pessoal
“Não vai entrar. Você tá errado”, diz o padeiro. Depois que o homem consegue entrar, não chega a passar 10 segundos até que se ouça a sequência de disparos. O homem foi atingido por pelo menos 10 tiros e não resistiu aos ferimentos.
A polícia quer saber se a arma usada por Douglas era emprestada ou se era dele. Testemunhas contaram que o homem teria pego o objeto com um amigo.
Segundo a autônoma Jayanne Santos Lima, de 24, filha de Valdemir, a briga com o esposo começou após ela esquecer a chave na mochila do filho que tinha ido dormir na casa do avô.
Motoboy é preso pela morte de sogro
Arquivo pessoal
“[Todos nós] Estávamos em uma festa. Mas, meu filho, que tem 1 ano, dormiu e meu pai o levou, junto com a minha enteada de 3 anos. Só que a chave da casa onde morávamos ficou na mochila. A festa acabou e fomos para casa [no bairro Jardim da Veiga]. Lá, ele pulou a janela e me deixou para fora de casa. Eu perguntei se ele me deixaria para fora e ele disse que era para eu dar o meu jeito”, lembra Jayanne.
A mulher disse que bateu duas vezes na porta e em seguida, o suspeito teria saído do local enfurecido e passou a agredi-la. Segundo a vítima, essa não foi a primeira agressão e ela já tinha denunciado antes, mas desistiu do processo para reatar o relacionamento.
Padeiro é morto a tiros em Nova Iguaçu; família acusa genro e diz que vítima tentou defender filha de agressão
“Eu dei dois tapas na porta e ele já saiu me batendo. Me esmurrou, estapeou e me jogou escada abaixo, já que morávamos no segundo andar. Eu saí correndo pela rua e os vizinhos me levaram para a casa do meu pai [no bairro Luiz de Lemos]”.
“Ele acabou com duas famílias. Ele é um monstro e precisa pagar pelo que fez”, completa Jayanne.
Jayanne Santos Lima
Reprodução/TV Globo
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