O secretário-geral da Otan, a aliança militar ocidental, Mark Rutte, disse nesta segunda-feira (9) que o grupo precisa de um aumento de 400% na defesa aérea e antimísseis, uma das prioridades para uma reunião de integrantes na cidade de Haia, na Holanda, no final de junho.
Rutte está pressionando para que os integrantes do bloco aumentem os gastos com defesas para 3,5% do PIB, e comprometam mais 1,5% em gastos mais amplos relacionados à segurança para atender à exigência do presidente dos EUA, Donald Trump, de uma meta de 5%.
No mês passado, ele presumiu que chegariam a um acordo para a meta na cúpula dos dias 24 e 25 de junho.
Secretário alerta para perigo além da guerra
Rutte argumentou em um discurso na Chatham House, que, para a Otan manter uma dissuasão e defesa confiáveis, precisa de “um aumento de 400% na defesa aérea e antimísseis”.
“Vemos na Ucrânia como a Rússia espalha o terror de cima, por isso fortaleceremos o escudo que protege os nossos céus”, destacou, de acordo com trechos do discurso fornecidos pelo seu gabinete.
“O fato é que precisamos de um salto quântico na nossa defesa coletiva. Devemos ter mais forças e capacidades para implementar plenamente os nossos planos de defesa. O fato é que o perigo não desaparecerá mesmo quando a guerra na Ucrânia terminar“, concluiu.
Com pouco alívio nos combates na guerra da Rússia contra a Ucrânia, apesar dos apelos de cessar-fogo, os países europeus estão sob pressão para aumentar os gastos com defesas depois de Trump ter sinalizado uma mudança na política, pressionando para que a região se proteja melhor.
Vários países afirmam que estão trabalhando para isso, com o Reino Unido, que prometeu um aumento de 2,3% para 2,5% do PIB alocado para isso até 2027, e 3% do PIB numa data posterior.
Já a Alemanha disse que precisará de cerca de 50 mil a 60 mil soldados ativos adicionais sob novas metas da Otan.