O deputado federal e ex-diretor da Agência Brasileira de Inteligência (Abin), Alexandre Ramagem (PL-RJ), negou que a entidade tenha buscado algum indício que comprovava que a eleição presidencial de 2022, das quais o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) saiu derrotado, teria sido fraudada.
“Não, isso eram documentos privados. Eram anotações privadas. Era um documento extenso. A Abin fez trabalhos verificando o que tinha conhecimento”, respondeu Ramagem ao ministro da Corte e relator do caso, Alexandre de Moraes.
Moraes havia questionado anteriormente se o deputado teria encontrado algum indício de que as eleições de 2022 teriam sido fraudadas, ao que ele negou: “Não. O que eu quero colocar é que eu estava construindo uma mensagem.”
Depoimentos
O STF realiza, nesta segunda (9), os interrogatórios dos réus do chamado “núcleo crucial” da ação penal que apura uma tentativa de golpe de Estado após a eleição de 2022. Ao todo, serão ouvidos oito réus:
- Mauro Cid, ex-ajudante de ordens da Presidência;
- Alexandre Ramagem, deputado e ex-chefe da Abin;
- Almir Garnier, ex-comandante da Marinha;
- Anderson Torres, ex-ministro da Justiça;
- Augusto Heleno, ex-ministro-chefe do GSI;
- Jair Bolsonaro, ex-presidente da República;
- Paulo Sérgio Nogueira, ex-ministro da Defesa;
- e Walter Braga Netto, ex-ministro da Defesa e vice de Bolsonaro na eleição em 2022.
*Em atualização