Após a Interpol incluir o nome da deputada federal licenciada Carla Zambelli (PL-SP) na Difusão Vermelha como foragida internacional, muito se questionou nas redes sociais se realmente ela está na lista e o motivo de ela não aparecer com foto de procurada no site aberto da rede internacional.
A explicação é que a regra da Interpol é que todos os nomes de foragidos nessa difusão sejam restritos. Segundo integrantes do organismo à CNN, alguns se tornam público, mas esse não é o rito.
Para que o Red Notice [alerta vermelho] seja público é preciso haver pedido específico do país e alguma justificativa operacional, explicam os policiais. Nesse caso, a inclusão solicitada à Interpol pela Polícia Federal (PF) brasileira não é pública, mas restrita.
Dessa forma, o nome dela não aparece para pesquisa pública da sociedade e internautas no site da Interpol. Por outro lado, consta para as polícias de todos os 196 países que fazem parte da rede. O crime imputado a ela é de invasão de dispositivo informático.
A CNN confirmou que o nome de Zambelli foi incluído às 12h45 do último dia 5.
A inclusão atendeu a um pedido da PF em cumprimento da determinação do ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF).
Em maio, Zambelli foi condenada a dez anos de prisão pelo STF por invadir o sistema do Conselho Nacional de Justiça (CNJ). Após a decisão da Primeira Turma, a deputada deixou o Brasil. Nas redes sociais, ela anunciou que iria para a Itália, e, de fato, foi, mas antes passou pelos Estados Unidos. Moraes determinou sua prisão preventiva.