Queremos eliminar práticas autoritárias, diz ministra dos Direitos Humanos e da Cidadania

A ministra dos Direitos Humanos e Cidadania (MDHC), Macaé Evaristo (PT), disse em entrevista à CNN Brasil que mudanças devem ser realizadas na Pasta, mas que as alterações não serão implementadas levando em consideração somente eventuais acusações. A ex-deputada estadual afirmou que os acusados devem ter direito à defesa.

“Não estamos querendo eliminar as pessoas. Nós queremos eliminar práticas autoritárias. Eu preciso que a gente distinga uma coisa da outra. Haverá mudanças no Ministério, mas as mudanças não acontecerão necessariamente porque as pessoas sofreram uma denúncia”, disse.

“No caso de denúncia, esse processo vai correr na institucionalidade. Receber uma denúncia não significa que uma pessoa é culpada. Quem vai dizer isso é a institucionalidade”, completou.

O Governo Federal demitiu o então secretário da Criança e do Adolescente (MDHC), Cláudio Augusto Vieira da Silva, que integrava a equipe do ex-ministro Silvio Almeida. Cláudio Augusto é acusado de assédio moral.

São ao menos 14 denúncias de assédio moral no Ministério. A maioria das acusações é registrada por mulheres. Silvio Almeida também é acusado de assédio sexual. A ministra da Igualdade Racial, Anielle Franco, seria uma das vítimas. Ela não confirma nem nega.

“Não adianta eu ter uma postura democrática e de escuta, se os secretários e os diretores não têm essa postura. Isso faz parte da gente construir uma nova cultura institucional. Soa contraditório a gente ter uma pauta de direitos humanos e a gente não acolher o servidor que trabalha na casa”, afirmou a ministra.

Sobre Silvio Almeida, Macaé disse que o caso não deve ser generalizado. “O racismo também é muito cruel porque, muitas vezes, o mesmo fato, ligado a uma pessoa branca, tem um tipo de tratamento. Quando é ligado a uma pessoa negra, recebe outro tipo de tratamento. Me preocupa sobremaneira é que o fato sobre um indivíduo negro seja generalizado”.

Denúncias de corrupção

A ministra disse também estar “absolutamente tranquila” sobre o processo por improbidade administrativa na Justiça de Minas Gerais, de quando era secretária municipal de Educação em Belo Horizonte. A ação analisa o superfaturamento de um contrato de compra de kits de uniformes escolares.

“As pessoas encontraram três procedimentos. Um está encerrado. Outro está em processo de encerramento. O terceiro, sobre alimentação escolar, eu estou absolutamente tranquila”, afirmou.

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