Joss Stone descreve lições de vida, avalia evolução musical e elogia público brasileiro: ‘favorito de todo mundo’


Após apresentação no Rock in Rio, diva do soul segue levando sucessos aos fãs em cidades como Ribeirão Preto pela turnê ‘Ellipsis’. ‘Não tem a ver com o lugar, tem a ver com as pessoas’, disse a cantora, em entrevista à EPTV. Joss Stone se apresenta no Palco Mundo do Rock in Rio
Leo Franco/AgNews
Com inegável carinho pelo Brasil, além da recente apresentação no palco Mundo no Rock in Rio, a cantora inglesa Joss Stone dá sequência à sua passagem pelo país com a turnê “Ellipsis”, em locais como Ribeirão Preto, no interior de São Paulo, onde promete entregar um pouco mais da essência dela além dos 60 minutos que teve no maior festival do país.
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Em entrevista à EPTV, afiliada da TV Globo, na semana que antecedeu a agenda de shows, ela falou de lições aprendidas, avaliou sua evolução como cantora nos últimos anos e deixou evidente a paixão que tem pelos fãs brasileiros.
Joss Stone se apresenta no Rock in Rio 2024
Gustavo Wanderley/g1
“Eu amo o Brasil, o Brasil é demais. Não é que o público brasileiro seja o meu favorito. O público brasileiro é o favorito de todo mundo”, disse.
Em Ribeirão Preto, neste sábado (21), além de passagens por Belo Horizonte e São Paulo, ela tem os mesmos 90 minutos das apresentações da atual temporada mundo afora e deve adequar partes do setlist, de acordo com o que sentir do público, sua maior prioridade.
“Às vezes um show é completamente diferente da última vez (….) Não tem a ver com o lugar pra mim, não tem a ver com cafés, lojas, montanhas ou rios, tem a ver com as pessoas.”
Embora mantenha um pouco de mistério em torno da apresentação no interior de São Paulo, ela garante que o objetivo é se encaixar naquilo que os fãs mais gostam.
“É difícil responder a essa pergunta porque sei que vou mudar de ideia, então não quero contar uma coisa que pode ser diferente, porque vou mudar de ideia no último minuto. (…) Espero que captem a energia, emoção que eu geralmente levo e talvez um pouco mais.”
Diva do soul
Joss tem 37 anos, 20 deles de uma carreira musical de causar inveja aos mais experientes. Desde que estourou como diva do soul, ainda adolescente, gravou nove álbuns, com mais de 15 milhões de cópias vendidas, além de acumular prêmios Grammy e Brit e projetos ao lado de grandes nomes da música mundial como Stevie Wonder, Damien Marley, Mick Jagger e Donna Summer.
“Eu acredito que colaborar é a parte mais divertida do meu trabalho”, diz.
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Nessas duas décadas, Joss acredita que não só cresceu como cantora, como aprendeu algumas lições para a vida.
“Aprendi a acreditar em Deus, acredito que é muito comum dizer e há uma razão para as pessoas dizerem isso bastante. (…) E tudo bem cometer erros, porque há muita beleza no erro, há muitas lições no erro.”
A cantora britânica Joss Stone no festival SWU de 2010
Daigo Oliva/G1
Quando se compara com a jovem que já despontava com “Super Duper Love” e “Right to Be Wrong”, ela percebe uma mudança fundamental na maneira como sobe ao palco, como uma artista mais completa e consciente do que está entregando aos fãs.
“Eu gosto de pensar que a música que eu faço hoje é muito melhor do que antes. Eu definitivamente acredito que vocalmente é assim. Gosto de pensar que aprendi a cantar agora. Eu era outra cantora no início. Meu coração é o mesmo, mas minha mente está ligada ao meu coração.”
Viajando pelo mundo, principalmente nas últimas apresentações, Joss reforçou a constatação de que, no fundo, todo mundo é igual, principalmente quando se fala do coração. Ao mesmo tempo, estar em um lugar diferente, como a cidade do interior de São Paulo, é sempre uma oportunidade de se conectar com os fãs.
Joss Stone no Palco Mundo do Rock in Rio
Leo Franco/AgNews
“Podemos ter diferentes aparências, diferentes sotaques, diferentes línguas, diferentes comidas, diferentes culturas, mas realmente somos os mesmos, seres humanos. Que vivem para amar e é isso que nos conduz, eu acredito que é um tema frequente, não importa de onde venha.”
Especialmente no Brasil, onde além do Rock in Rio deste ano fez uma apresentação no “The Town”, em 2023, e já cantou até em casamento em Minas Gerais, a cantora se refere a um público que encanta não somente a ela como a outros artistas internacionais.
“Todos os artistas que conheço, que estiveram no Brasil, se sentem exatamente da mesma maneira. São muito vibrantes, dispostos a espalhar e receber amor, isso é adorável. Não sei como explicar, as pessoas parecem estar apaixonadas, gentis, não sentem vergonha de cantar junto, de dançar. É um ambiente descontraído. Acredito que, por isso, pra mim, o público brasileiro é diferente.”
Em 2005, Donna Summer e Joss Stone cantaram juntos no show beneficente “Save the music: a concert to benefit the VH1 Save The Music Foundation”, no Beacon Theater, em Nova York
Getty Images
Se tudo depender do carinho dos fãs e do que sentir em cima do palco, Joss promete nos próximos shows em território nacional algo parecido com a atmosfera contagiante que marcou a turnê do ano passado do álbum ao vivo “20 Years of Soul”, ainda que com canções diferentes.
“Nós éramos a mesma banda que temos aqui. Não é o mesmo show, mas você consegue captar a mesma vibração, você consegue captar a vibração do som que a gente apresenta. Cada música é diferente, mas você consegue captar a energia”, adianta.
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