Morador de Uberlândia morto em queda avião no interior de SP voltava do trabalho e compartilhou localização antes de viajar


Alípio Camilo dos Santos Neto era natural de Monte Carmelo e tinha 36 anos. O avião com 58 passageiros e quatro tripulantes saiu de Cascavel (PR) e seguia para Guarulhos (SP) quando caiu; ninguém sobreviveu. Alípio Camilo dos Santos Neto, o ‘Bolinha’
Reprodução/Arquivo pessoal
O morador de Uberlândia Alípio Camilo dos Santos Neto, que está entre as 62 vítimas da queda do avião em Vinhedo (SP), voltava de uma viagem que havia feito a trabalho para Cascavel (PR). Antes de viajar, ele havia compartilhado com amigos a localização do aeroporto.
Jhonatas Silva contou ao g1 que o Alípio trabalhava há 16 anos na BRF, uma empresa de processamento de proteína animal, e que estava em Cascavel a trabalho.
Alípio ainda disse em um grupo de WhatsApp que iria pegar o voo com destino à Guarulhos.
“Ele fez uma postagem em um grupo de amigos no WhatsApp contando que iria pegar o voo momentos antes de decolar. Eu só descobri por volta das 16h que ele estava no avião que caiu em Vinhedo”, relembrou o amigo.
Natural de Monte Carmelo, Alípio tinha 36 anos. Em nota, a BRF lamentou o acidente. “A BRF lamenta profundamente o ocorrido e informa que está prestando total apoio à família do colaborador.”
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Mensagem de Alípio momentos antes de embarcar no voo
Reprodução/Arquivo pessoal
Veja lista de quem estava no avião que saiu de Cascavel e caiu em Vinhedo
Queda de avião com 62 mortos em Vinhedo: o que se sabe e o que falta saber sobre a maior tragédia aérea desde 2007
O acidente
Avião com 62 pessoas despenca sobre área residencial de Vinhedo (SP)
Reprodução/TV Globo
O avião com 58 passageiros e quatro tripulantes saiu de Cascavel (PR) e seguia para Guarulhos (SP). Inicialmente, a Voepass noticiou que 61 pessoas tinham morrido após a queda do avião. Na manhã de sábado (10), o número de mortes subiu para 62.
A aeronave voou por 1 hora e 35 minutos sem qualquer registro de ocorrências, até fazer uma curva brusca, despencar 4 mil metros em aproximadamente 1 minuto e sumir do radar, após explodir no terreno de uma casa em um condomínio residencial.
Ainda não se sabe o que causou o acidente, mas a queda em espiral sugere a ocorrência de um estol — que acontece quando a aeronave perde a sustentação que lhe permite voar —, segundo especialistas.
Veja, abaixo, da decolagem à queda, a cronologia do acidente:
A aeronave decolou às 11h46 e o voo seguiu tranquilo até 12h20.
Após 24 minutos, subiu até atingir 5 mil metros de altitude às 12h23, e seguiu nessa altura até as 13h21, quando começou a perder altitude.
Nesse momento, a aeronave fez uma curva brusca.
De acordo com a Força Aérea Brasileira (FAB), a partir das 13h21 a aeronave não respondeu às chamadas do Controle de Aproximação de São Paulo, bem como não declarou emergência ou reportou estar sob condições meteorológicas adversas.
Às 13h22 – um minuto depois do horário do último registro – a altitude estava em 1.250 metros, uma queda de aproximadamente 4 mil metros.
A velocidade dessa queda foi de 440 km/h.
O Departamento de Controle do Espaço Aéreo (DECEA) informou que o ‘Salvaero’ foi acionado às 13h26 e encontrou a aeronave acidentada dentro de um condomínio.
Como era o avião que caiu em Vinhedo
Arte g1
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