Monitoramento por drone e carro clonado: veja como agiram suspeitos de matar advogado em frente a escritório em Goiás


Segundo o delegado Adelson Candeo, os drones tinham imagens da região onde o advogado trabalhava. Quatro suspeitos estão presos preventivamente. Polícia ouve novas testemunhas do assassinato do advogado Cássio Bruno, em Rio Verde
Os suspeitos de matar o advogado Cássio Bruno Barroso, de 48 anos, na frente do escritório dele em Rio Verde, no sudoeste de Goiás, usaram drones para monitorar a rotina da vítima e um carro clonado.
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Segundo o delegado responsável pela investigação Adelson Candeo, os drones apreendidos junto com os suspeitos tinham imagens da região onde o advogado trabalhava.
“Além disso, foram apreendidos com eles localizadores de veículos e um carro clonado, com alteração no chassi, nas placas, vidros e até no número do motor”, informou o delegado.
O g1 não conseguiu contato com a defesa dos suspeitos até a última atualização desta reportagem.
O crime aconteceu na tarde da última quinta-feira (3). Segundo a Guarda Civil Municipal (GCM), cinco ferimentos causados por arma de fogo foram encontrados no abdômen do advogado. Um vídeo mostra o momento em que, ao tentar entrar no carro, o advogado foi baleado por homens que estavam dentro de um carro estacionado na porta do escritório, na Avenida Eurico Veloso do Carmo.
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De acordo com o delegado Adelson, a investigação teve acesso a imagens que mostram o carro usado pelos suspeitos circulando e observando o local semanas antes.
“Nós temos algumas imagens do próprio local que é possível ver esse carro parado do outro lado da avenida. Esses indivíduos já estudavam a dinâmica da vida rotineira da vítima há pelo menos uma semana”, disse o delegado.
Cássio Bruno Barroso, de 48 anos, morto a tiros em Rio Verde, Goiás
Divulgação/GCM
Após ser baleado, o advogado apresentava respiração lenta e batimentos fracos no momento do resgate. As policias Militar e Civil foram acionadas para atender à ocorrência e isolar o local. O Serviço de Atendimento Móvel de Urgências (Samu) também foi acionado e constatou a morte do advogado ainda no local.
O delegado Adelson Candeo afirma que a suspeita é que o crime pode ter sido planejado e por razões ligadas à profissão da vítima, que atuava no ramo do agronegócio.
“Os indicativos de que a motivação tenha ligação com o exercício da profissão é mais por exclusão. Ele não tem envolvimento com drogas e crimes anteriores, não se envolveu em nenhuma confusão, não frequentava locais de risco e não vinha sendo ameaçado. Além disso, tinha ações de altos valores”, explicou o delegado.
Prisão
Na sexta-feira (4), a Polícia Militar (PM) prendeu quatro suspeitos de matar o advogado. De acordo com a PM de Goiás, os suspeitos foram presos em Nova Xavantina (MT), com apoio de forças policiais do Mato Grosso e de Minas Gerais.
Os suspeitos já passaram por audiência de custódia e estão presos preventivamente. Uma mulher está entre os suspeitos e foi levada para o presídio feminino de Serranópolis, no sudoeste de Goiás. Os demais suspeitos estão presos em Rio Verde.
Um pai e um filho estão entre os presos suspeitos de matar o advogado. A Polícia Civil do Mato Grosso chegou a explicar que o crime foi “em razão de uma disputa agrária no município Água Boa, em que o advogado atuava como parte contrária ao interesse dos suspeitos”.
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