Quadrilha usava estúdio de tatuagem para lavar dinheiro do tráfico no RS, diz polícia

A Polícia Civil do Rio Grande do Sul realizou nesta quinta-feira (15) uma operação contra uma quadrilha que, segundo as investigações, usava um estúdio de tatuagem como fachada para lavar dinheiro do tráfico de drogas.

Estão sendo cumpridos 93 mandados de prisão e 114 de busca e apreensão em 14 cidades do Rio Grande do Sul e duas em Santa Catarina. Até o momento, 62 pessoas foram presas.

Segundo a polícia, 22 veículos foram apreendidos, sendo oito considerados como de luxo. Além disso, 17 contas bancárias foram bloqueadas. Drogas, armas de fogo, dinheiro em espécie e aparelhos-celulares foram apreendidos pela polícia. Conforme as investigações, a maconha encontrada vinha do Paraguai e a cocaína, da Bolívia. O ecstasy era fabricado em Santa Catarina.

Em Itapema (SC), foi localizado dinheiro em espécie parcialmente queimado, possivelmente proveniente de roubo a banco.

As investigações contra o grupo tiveram início em outubro do ano passado. Na primeira fase da operação, um homem foi preso em flagrante ao ser identificado como um dos líderes regionais da organização criminosa.

Segundo as investigações, o suspeito atuava como tele-entrega de drogas e utilizava uma empresa de fachada, um estúdio de tatuagem localizado em Sapucaia do Sul (RS) para lavar o dinheiro das atividades criminosas da quadrilha.

Alguns dos suspeitos eram detentos atuando de dentro das penitenciárias. Além dos crimes de tráfico de drogas e lavagem de dinheiro, eles também seriam responsáveis por homicídios.

O grupo já atuava há anos na região do Vale dos Sinos, no RS, recebendo apoio de integrantes de outras organizações criminosas. Com a prática, diz a polícia, obtinham altas quantias ilícitas provenientes do tráfico de drogas e expandiam o negócio.

A ação segue em andamento para cumprimento das medidas judiciais relacionadas diretamente aos integrantes e a endereços ligados à quadrilha.

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