Homem, negro, casado, com ensino médio e 46 anos: conheça o perfil dos candidatos nas eleições 2024


Segundo dados do TSE, mais de 453 mil candidatos disputarão os cargos de prefeito, vice-prefeito e vereador – número de candidaturas é o menor em cinco eleições. Urna eletrônica
Elza Fiuza/Agência Brasil
O perfil dos candidatos para as eleições deste ano continua o mesmo das eleições municipais de 2020: homens, negros, casados, com 46 anos e ensino médio completo.
O g1 analisou os dados de candidaturas divulgados pelo Tribunal Superior Eleitoral (TSE) nesta sexta-feira (16).
No total, foram registrados cerca de 453 mil candidatos, uma queda de 19% em relação a 2020. Este é o menor número de candidaturas em cinco eleições.
👉 Como os partidos têm até 16 de setembro prazo para pedir a substituição de candidatos, os números ainda podem sofrer alterações.
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Arte: Kayan Albertin
➡️ Ao todo, 53% dos candidatos se declararam pardos ou pretos. Segundo o IBGE, pardos e pretos formam a população negra e representam 55,5% da população do país, conforme dados do último censo.
Brancos são 46% do total, enquanto 0,5% se declaram indígenas e 0,4%, amarelos. Não há informação sobre a cor/raça de 0,7% dos registros.
Em 2020, a proporção de candidatos negros começou a superar a de candidatos registrados como brancos.
👩‍💼👨‍🔧 Quanto às ocupações, a maioria dos candidatos declarou ser empresário, seguido por funcionários públicos municipais.
📚 A maioria concluiu o ensino médio (39%), é casada (51%) e tem uma idade média de 46 anos.
Mulheres
Mesmo com a diminuição de candidaturas, o percentual de mulheres candidatas manteve-se o mesmo de 2020. Ao todo, 66% são homens e 34% são mulheres. De acordo com o IBGE, as mulheres correspondem a mais da metade da população brasileira (51,5%).
📑 Contexto: Nesta quinta-feira (15), o Senado Federal aprovou a chamada PEC da Anistia, que isenta os partidos políticos de multas por descumprimento dos repasses mínimos para candidaturas negras e cria um perdão amplo para outras irregularidades em prestações de contas eleitorais.
O texto também institui um programa de refinanciamento de dívidas das siglas partidárias e permite a utilização de recursos do Fundo Partidário para pagar multas eleitorais.
A proposta estabelece uma espécie de “perdão” para condenações de devolução de recursos públicos e multas aplicadas aos partidos por irregularidades em processos de prestação de contas.
Embora não trate diretamente da questão das mulheres, o entendimento de críticos é que isso pode permitir a anistia para casos de não cumprimento do repasse para a cota de gênero.
❗ O texto já foi aprovado pela Câmara dos Deputados. Com isso, seguirá para promulgação (ato que torna o texto parte da Constituição) – emendas constitucionais não passam por sanção ou veto presidencial.
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