Hezbollah continuará ativo após fim da guerra, diz integrante sênior do grupo

O Hezbollah permanecerá ativo após o fim da guerra com Israel, inclusive ajudando os libaneses deslocados a retornarem às suas vilas e reconstruindo áreas destruídas pelos ataques israelenses, disse Hassan Fadlallah, integrante sênior do grupo armado e integrante do Parlamento, nesta terça-feira (26).

Fadlallah disse à Reuters que o Líbano está enfrentando “horas perigosas e sensíveis” antes do possível anúncio de um cessar-fogo, devido aos ataques intensificados da força aérea israelense na tarde desta terça-feira em Beirute e seus subúrbios ao sul.

Ele acrescentou que os setores social, de saúde e de desenvolvimento do Hezbollah estão no mais alto nível de preparação para o dia seguinte ao anúncio de cessar-fogo.

O ministro das Relações Exteriores da França, Jean-Noel Barrot, destacou nesta terça que uma “janela de oportunidade” estava se abrindo em relação a um possível cessar-fogo no Líbano, acrescentando que espera que as partes envolvidas aproveitem essa oportunidade.

Israel parece pronto para aprovar um plano proposto pelos EUA e pela França para um cessar-fogo com o Hezbollah no Líbano, disse um funcionário sênior israelense.

Entenda os conflitos no Oriente Médio

Israel lançou uma grande ofensiva aérea e terrestre contra o grupo Hezbollah no Líbano no final de setembro. Assim como o Hamas, o Hezbollah e a Jihad Islâmica são grupos radicais financiados pelo Irã, e, portanto, inimigos de Israel.

Os bombardeios no Líbano se intensificaram nos últimos meses, causando destruição e obrigando mais de um milhão de pessoas a saírem de casa para fugir da guerra. O conflito entre Israel e o Hezbollah já deixou dezenas de mortos no território libanês.

Ao mesmo tempo, a guerra continua na Faixa de Gaza, onde militares israelenses combatem o Hamas e procuram por reféns que foram sequestrados há mais de um ano durante o ataque do grupo radical no território israelense no dia 7 de outubro de 2023. Na ocasião, mais de 1.200 pessoas foram mortas e 250 sequestradas.

Desde então, mais de 43 mil palestinos morreram em Gaza durante a ofensiva israelense, que também destruiu praticamente todos os prédios no território palestino.

Em uma terceira frente de conflito, Israel e Irã trocaram ataques, que apesar de terem elevado a tensão, não evoluíram para uma guerra total.

Além disso, o Exército de Israel tem feito bombardeios em alvos de milícias aliadas ao Irã na Síria, no Iêmen e no Iraque.

No momento, as negociações por tréguas estão travadas tanto no Líbano, quanto na Faixa de Gaza.

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