Itália questiona viabilidade de mandado de prisão do TPI contra Netanyahu

A Itália disse nesta terça-feira (26) que há “muitas dúvidas” sobre o mandado de prisão do Tribunal Penal Internacional (TPI) contra o primeiro-ministro israelense Benjamin Netanyahu, avaliando que não seria viável prendê-lo enquanto ele seguir no comando do governo.

A Itália, que atualmente preside o Grupo dos Sete (G7), sediou uma reunião de ministros das Relações Exteriores que resultou em declaração final sem menção direta aos mandados de prisão do TPI contra os líderes israelenses e do Hamas.

O ministro das Relações Exteriores italiano, Antonio Tajani, que tentou estabelecer uma posição comum dos integrantes do G7 sobre o assunto, disse que Roma tem muitas dúvidas sobre a legalidade dos mandados e que é necessário ter clareza se altos funcionários de Estado têm imunidade contra prisão.

“Netanyahu nunca iria a um país onde pudesse ser preso”, disse Tajani em coletiva de imprensa ao final do encontro de dois dias realizado na cidade termal de Fiuggi.

“A prisão de Netanyahu é impraticável, pelo menos enquanto ele for primeiro-ministro”, acrescentou.

A discussão relacionada ao TPI gerou tensão dentro da coalizão da primeira-ministra italiana Giorgia Meloni.

O ministro da Defesa, Guido Crosetto, afirmou que Roma teria que cumprir suas obrigações e prender Netanyahu se ele viesse à Itália, enquanto Matteo Salvini — líder do partido da coalizão Liga — disse que o líder israelense seria bem-vindo no país.

A ação do TPI foi fortemente criticada pelos Estados Unidos, que, assim como Israel, não são membros da corte.

Este conteúdo foi originalmente publicado em Itália questiona viabilidade de mandado de prisão do TPI contra Netanyahu no site CNN Brasil.

Adicionar aos favoritos o Link permanente.