Ouro fecha em alta, com impulso do câmbio e risco geopolítico

O ouro se manteve em alta pela segunda sessão consecutiva nesta quarta-feira (27) aproveitando a queda do dólar ante moedas rivais e as tensões ainda presentes no Oriente Médio e na Europa, apesar do cessar-fogo entre Israel e o Hezbollah.

O ouro para dezembro avançou 0,70%, a US$ 2639,90 a onça-troy, na Comex, divisão de metais da New York Mercantile Exchange (Nymex).

O metal precioso vem se recuperando da forte venda na sessão de segunda-feira. As correlações tradicionais entre o ouro e os rendimentos dos Treasuries estão se enfraquecendo, com o mercado também tomando nota do aumento das compras pelos bancos centrais, à medida que a diversificação das reservas estrangeiras continua, dizem analistas da SP Angel.

O ouro, visto como ativo porto seguro para investidores, continua apoiado pelo ambiente de tensões geopolíticas globais. Mais cedo, o governo dos EUA avançaram com um pacote de venda de armas para Israel no valor de US$ 680 milhões, segundo fontes da Reuters, apesar do presidente americano, Joe Biden, afirmar que pretende começar um novo esforço para alcançar um possível cessar-fogo em Gaza.

Na Europa, a guerra entre Ucrânia e Rússia continua: um ataque ucraniano com mísseis Storm Shadow em Kursk feriu um general e matou vários oficiais norte-coreanos que estavam na Rússia apoiando o esforço militar, segundo autoridades.

O dólar se desvalorizou à medida que os investidores precificaram uma parte do risco geopolítico, embora o apetite pelo ouro tenha permanecido intacto, afirma Ipek Ozkardeskaya, do Swissquote Bank.

Ao mesmo tempo, a probabilidade de um corte de 25 pontos-base na taxa de juros do Federal Reserve (Fed) em dezembro continua a ser a favorita pelos investidores. Um corte nos juros seria um benefício adicional para o ouro que não rende juros, complementa o Swissquote Bank.

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