‘Entregamos nosso maior amor e recebemos um cadáver’, diz tutor de cadelas que morreram após serem esquecidas dentro de carro de pet shop


Nome do pet shop não foi divulgado. Família procurou a Polícia Civil, mas foi orientada a abrir um processo civil contra a empresa. Cadelas morrem após serem esquecidas dentro de carro por pet shop, denuncia tutor
“Entregamos nosso maior amor e recebemos um cadáver de volta”, afirmou médico Henrique Lopes Auad nas redes sociais ao denunciar que suas duas cadelas morreram após serem esquecidas dentro do carro de um pet shop, em Goiânia. O nome do pet shop não foi divulgado.
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Segundo o médico, as cachorrinhas Prada, uma maltês de 1 ano e meio, e Liz, uma shih tzu de oito anos, morreram na última quarta-feira (24). O caso repercutiu na segunda-feira (29), após uma publicação de Henrique nas redes sociais.
Ao g1, a delegada Simelli Lemes, do Grupo de Proteção Animal (GPA), explicou que a família procurou a Polícia Civil, mas foi orientada a abrir um processo civil contra a empresa. Segundo Lemes, como as cadelas foram “esquecidas” é um caso de negligência.
“Houve uma negligência sem dolo e sem a intenção de provocar um sofrimento no animal. Nesse caso, não configura um crime de maus-tratos”, explicou a delegada.
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Morte por asfixia
Cadelas morrem após serem esquecidas dentro de carro por pet shop, em Goiânia, Goiás
Reprodução/Redes Sociais
O médico contou nas redes sociais que as duas cadelas foram buscadas em casa pela clínica veterinária na quarta-feira. Segundo Henrique, Prada e Liz morreram asfixiadas.
“Prada e Liz foram, simplesmente, esquecidas no carro e morreram asfixiadas, deixadas, como um pedaço de carne. Enquanto seus pulmões imploravam por oxigênio e suas consciências aos poucos eram apagadas”, denuncia o médico.
Dor da perda
Segundo o médico publicou nas redes sociais, as cadelas o acompanharam durante muitos momentos.
“Me ensinou sobre amor. Pai de pet também é pai”, desabafou.
Procurado pelo g1, Henrique disse que a família está “devastada” e que, por enquanto, vai se manifestar apenas por meio da publicação nas redes sociais. Ele explicou que o caso já está sendo tratado com a Justiça.
“Escrevemos esta nota profundamente entristecidos e abalados para que este doloroso episódio sirva como um alerta: nunca mais se repita uma negligência tão cruel”, escreveu.
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