Mulher suspeita de envenenar companheiros: caso passou a ser tratado como homicídio após 2ª morte, diz delegado


Segundo polícia, crimes aconteceram em maio de 2022 e janeiro de 2023 e foram motivados por desavenças e questões patrimoniais. Defesa da suspeita não quis se manifestar. Mulher é presa suspeita de matar dois companheiros envenenados em Ubiratã
Reprodução
A morte de um homem envenenado pela própria companheira só passou a ser investigada como homicídio depois que outro companheiro dela também morreu, em Ubiratã, no centro-oeste do Paraná, segundo o delegado André Silva Dzindzik.
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A mulher tem 65 anos e foi presa nesta segunda-feira (29) suspeita de assassinar os dois homens por meio de envenenamento. Segundo a Polícia Civil, os crimes aconteceram em maio de 2022 e janeiro de 2023.
De acordo com o delegado, a segunda vítima começou a passar mal, foi internada e morreu um dia depois. Antes de morrer, ele afirmou que acreditava ter sido intoxicado pela companheira por meio de um pudim.
A declaração levou à polícia a investigar a mulher e como eram os relacionamentos anteriores dela.
“A gente queria saber como era o relacionamento dela com o ex-marido e a gente descobriu que ele também tinha falecido pouco mais de oito meses antes da morte desta segunda vítima, o que causou uma estranheza. Eu requisitei o prontuário de atendimento médico desta primeira vítima, que nós não conhecíamos até então, e eles retornaram com a informação de que [o prontuário] era muito semelhante ao da segunda vítima”, detalha.
As investigações apontam que a mulher envenenou os dois homens colocando no alimento deles um herbicida altamente tóxico e proibido pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) em todo território nacional.
O advogado responsável pela defesa da suspeita não quis se manifestar.
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Motivação patrimonial e desavenças
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Segundo a polícia, os assassinatos foram motivados por conta de desavenças e questões patrimoniais.
Conforme Dzindzik, a mulher ficou com o carro da primeira vítima e um valor entre R$ 20 mil e R$ 30 mil, fruto de um acordo trabalhista entre o homem e o patrão dele.
A polícia afirmou que pediu a quebra de sigilo bancário da segunda vítima. As investigações apontaram que a mulher ficou com cartões bancários do homem e que a quebra tem o objetivo de verificar se ela pegou algum valor após a morte dele.
Além disso, segundo o delegado, o assassinato da segunda vítima pode ter sido motivado por uma desavença entre o casal.
Em um vídeo, a vítima relatou um conflito grave entre ele e a suspeita, no qual a mulher pegou uma faca e avançou contra ele um dia antes do envenenamento.
“A vítima teria ameaçado ele dias antes, dizendo para ele se cuidar”, afirma Dzindzik.
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