Jornalista chinês acusado de espionagem é condenado a 7 anos de prisão

Em Pequim, um tribunal condenou o jornalista veterano da mídia estatal chinesa Dong Yuyu, nesta sexta-feira (29), a sete anos de prisão por espionagem, informou a família do jornalista em um comunicado, chamando o veredito de “uma grave injustiça”.

Para a família do jornalista, “condenar Yuyu a sete anos de prisão sem nenhuma evidência declara ao mundo a falência do sistema judiciário na China”.

“O veredito de hoje é uma grave injustiça não apenas para Yuyu e sua família, mas também para todos os jornalistas chineses que pensam livremente e para todos os chineses comuns comprometidos com um envolvimento amigável com o mundo”, complementou o informe.

A polícia da capital chinesa deteve o ex-editor e jornalista do Guangming Daily em fevereiro de 2022, enquanto almoçava com um diplomata japonês, informou o Clube Nacional de Imprensa dos Estados Unidos em uma declaração oficial.

Mais tarde, ele foi acusado de espionagem.

Segundo a família do jornalista, durante a sentença do tribunal, os diplomatas japoneses com quem Yuyu se encontrou foram especificamente citados como “agentes de uma ‘organização de espionagem’, que fica na embaixada japonesa em Pequim”.

“A condenação do ex-editor representa algo que todos os cidadãos chineses deveriam saber: o governo da China pode considerar essas embaixadas como ‘organizações de espionagem’”, concluiu o comunicado.

Yuyu regularmente trocava informações pessoalmente com diplomatas de várias embaixadas e jornalistas.

O diplomata japonês com quem se reuniu, um dos dois com quem ele se encontrava regularmente, também foi detido por várias horas, o que gerou uma reclamação do Ministério das Relações Exteriores do Japão.

Na época, um porta-voz do ministério chinês disse que o representante estava envolvido em atividades “inconsistentes com sua capacidade” na China. O diplomata foi liberado mais tarde.

Este conteúdo foi originalmente publicado em Jornalista chinês acusado de espionagem é condenado a 7 anos de prisão no site CNN Brasil.

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