Destroços de avião da Voepass e objetos das vítimas chegam a Ribeirão Preto


Materiais levados a Ribeirão, cidade sede da companhia aérea, são aqueles que não farão parte da investigação do Cenipa. Imagem aérea mostra trabalho nesta quarta-feira (14) nos destroços do avião da Voepass que caiu em Vinhedo (SP) e matou as 62 pessoas a bordo na última sexta (9)
Reprodução/EPTV
Parte dos destroços da aeronave da Voepass e os objetos pessoais das vítimas que foram recolhidos na área onde o ATR-72 caiu, no condomínio Recanto Florido, em Vinhedo (SP) na última semana, chegaram a Ribeirão Preto (SP), cidade sede da companhia aérea, neste sábado (17).
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Os materiais que foram levados a Ribeirão são aqueles que não farão parte da investigação do Centro de Investigação e Prevenção de Acidentes Aeronáuticos (Cenipa).
De acordo com a empresa, após processo de limpeza e separação, os destroços ficarão armazenados até que todos os familiares das 62 pessoas que morreram no desastre aéreo da semana passada sejam indenizados.
Já os destroços considerados relevantes para a apuração das causas do acidente, como os motores, a cauda, as asas e as caixas-pretas, foram removidos pelo Cenipa e serão periciados.
Empresa especializada
Em nota encaminhada ao g1, a Voepass informou que a empresa contratada para retirada dos pertences pessoais dos passageiros.
Ela será responsável pelo recolhimento, descontaminação, catalogação e posterior identificação, conforme recomendações pré-existentes.
“Após o término dessa fase e em momento oportuno, esses pertences serão entregues aos familiares”, diz trecho.
Guindaste retira destroços de avião que caiu em Vinhedo
Edson Martins
A Voepass também informou que faz reuniões diárias com familiares das vítimas e, neste momento, o foco da empresa é proporcionar acolhimento e conforto.
“Estamos realizando todos os esforços logísticos e operacionais para que as famílias tenham em nossa equipe um apoio efetivo não só para suas necessidades de transporte, hospedagem, alimentação, mas, principalmente de consolo e apoio emocional”.
Cronologia da tragédia
Tudo o que você precisa saber sobre a queda da aeronave em Vinhedo
Ainda não se sabe o que causou o acidente, mas a queda em espiral sugere a ocorrência de um estol, que, segundo especialistas, é quando a aeronave perde a sustentação que lhe permite voar.
O g1 aponta abaixo, decolagem à queda, a cronologia do acidente da Voepass, o maior do país em número de vítimas desde 2007, quando um avião atingiu um edifício em São Paulo ao tentar pousar.
A aeronave decolou às 11h56 e o voo seguiu tranquilo até 13h20.
O avião subiu até atingir 5 mil metros de altitude às 12h23, e seguiu nessa altura até as 13h21, quando começou a perder altitude, segundo a plataforma Flightradar.
Nesse momento, a aeronave fez uma curva brusca.
De acordo com a Força Aérea Brasileira (FAB), a partir das 13h21 a aeronave não respondeu às chamadas do Controle de Aproximação de São Paulo, bem como não declarou emergência ou reportou estar sob condições meteorológicas adversas.
Às 13h22 – um minuto depois do horário do último registro – a altitude estava em 1.250 metros, uma queda de aproximadamente 4 mil metros.
A velocidade dessa queda foi de 440 km/h.
O Departamento de Controle do Espaço Aéreo (DECEA) informou que o “Salvaero” foi acionado às 13h26 e encontrou a aeronave acidentada dentro de um condomínio.
Como era o avião que caiu em Vinhedo
Arte g1
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