Com morte e renúncias, candidaturas a reeleição nas capitais saltam para 20 em 2024


Na eleição anterior, 13 prefeitos de capitais tentaram um novo mandato. Alta é explicada por substituições nos comandos de 4 cidades e por movimento natural Bruno Covas, Alexandre Kalil, Gean Loureiro e Marquinhos Trad (da esquerda para a direita)
Valéria Gonçalvez/Estadão Conteúdo/Redes sociais/TV AL/Tv Globo
A quantidade de prefeitos de capitais que tentam reeleição nas eleições municipais subiu de 13, em 2020, para 20, em 2024.
Uma das razões para a alta em 2024 é que, em quatro capitais, os prefeitos que estavam no 2º mandato – e, portanto, não poderiam tentar se reeleger em outubro – saíram do cargo durante a gestão e deram lugar aos vices.
Esses, por estarem no primeiro mandato, podem concorrer novamente em 2024. E, caso eleitos, poderão ficar no poder até 2028.
Em São Paulo, o ex-prefeito Bruno Covas (PSDB) morreu em 16 de maio de 2021, vítima de câncer, poucos meses após assumir o cargo, e foi sucedido por Ricardo Nunes (MDB);
Em Belo Horizonte, Alexandre Kalil (PSD) renunciou ao cargo de prefeito, em 28 de março de 2022, para ser pré-candidato ao governo de Minas Gerais, e deu lugar a Fuad Noman (PSD);
Em Florianópolis, Gean Loureiro (União Brasil), renunciou ao cargo de prefeito, em 31 de março de 2022, para ser pré-candidato ao governo de Santa Catarina; em seu lugar, assumiu Topázio Neto (PSD);
Em Campo Grande, Marquinhos Trad (PSD), renunciou ao cargo de prefeito, em 1º de abril de 2022, para ser pré-candidato ao governo do Mato Grosso do Sul; a vice, Adriane Lopes (PP), assumiu.
Houve ainda uma 5ª substituição no comando das capitais. Em Goiânia, Maguito Vilela (MDB) tomou posse como prefeito na última eleição municipal, mas morreu dias depois, em 13 de janeiro de 2021, por complicações da Covid-19, sendo substituído pelo vice-prefeito Rogério Cruz (Solidariedade), que agora tenta reeleição.
A troca, porém, não impactou no número de candidaturas a reeleição de 2024, pois Maguito estava em seu primeiro mandato e poderia tentar se candidatar novamente em outubro.
Além desses cinco casos, há mais 15 prefeitos eleitos para o primeiro mandato em 2020 e que, dessa forma, podem concorrer mais uma vez em outubro.
🎯 Ao todo, 20 prefeitos tentam se reeleger neste ano (consulte quem são eles na barra de pesquisa abaixo).

O primeiro turno das eleições municipais está marcado para o dia 6 de outubro. E o segundo turno, caso necessário, acontecerá no dia 27 de outubro. Vale destacar Brasília não tem eleição em 2024, a previsão é que aconteça em 2026, junto a dos governadores.
Candidatos no poder recebem mais votos
Além das trocas ocorridas desde a última eleição, há uma tendência natural de aumento no número de candidatos à reeleição de de 8 em 8 anos: se, em uma eleição, as candidaturas à reeleição sobem, no outro, caem, e vice- ersa (veja no infográfico abaixo).
Segundo especialistas ouvidos pelo g1, isso acontece porque os prefeitos têm boas chances de reeleição, o que os faz concorrer a um novo mandato e, muitas vezes, vencer – e, por conta disso, ficarem de fora do pleito seguinte.
Em 2020, 13 prefeitos de capitais tentaram a reeleição, e 10 conseguiram. Em 2016, 20 tentaram, e 15 conseguiram.
“Como os prefeitos têm a máquina política em mãos e aliados para poder se reeleger, as chances de conseguirem conquistar o pleito é grande”, afirma o cientista político da Universidade Presbiteriana Mackenzie, Rodrigo Augusto Prando.
20 prefeitos tentam se reeleger nesta eleição
g1
Como estão as disputas em 5 capitais, segundo a Quaest
A Quaest realizou em julho uma rodada de pesquisa sobre a intenção de voto dos brasileiros em algumas capitais – Belo Horizonte, Campo Grande, Manaus, Rio de Janeiro e São Paulo.
Em Manaus e no Rio de Janeiro, os atuais prefeitos lideravam isolados a corrida eleitoral;
Em São Paulo, o atual prefeito liderava empatado tecnicamente com outros 2 candidatos;
Em Campo Grande e Belo Horizonte, por outro lado, os atuais prefeitos estavam fora da liderança.

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