Eleições 2024: confira propostas dos candidatos à prefeitura do Recife para as mulheres


O g1 fez um levantamento com base nos planos de governo disponibilizados no Tribunal Superior Eleitoral. Imagem de arquivo mostram mulheres reunidas durante evento
Reprodução/TV Globo
Nas oito candidaturas à prefeitura do Recife, há sete mulheres, sendo três como cabeças de chapa e quatro como vice. No eleitorado, elas são maioria e respondem por 55,26% dos 1.219.917 eleitores que fazem da capital o maior colégio eleitoral de Pernambuco. O g1 fez um levantamento das propostas para mulheres nos programas de governo no site do Tribunal Superior Eleitoral (TSE).
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Entre as propostas dos candidatos à prefeitura do Recife, estão desde o atendimento às vítimas de violência sexual e/ou doméstica e capacitação, além de cotas para mulheres transexuais e travestis em programas voltados à mulher.
Veja, abaixo, as principais propostas dos candidatos Dani Portela (PSOL), Daniel Coelho (PSD), Gilson Machado (PL), João Campos (PSB), Ludmila (UP), Simone Fontana (PSTU), Tecio Teles (Novo) e Victor Assis (PCO).
Dani Portela (PSOL)
No programa de governo de Dani Portela, a palavra mulher aparece 63 vezes; gênero, 16 vezes; mãe, 10 vezes; aborto, duas vezes, feminicídio e gênero, uma vez, cada uma. Entre as propostas específicas para as mulheres, estão:
Capacitar profissionais de saúde para o atendimento às mulheres vítimas de violência sexual e/ou doméstica nas unidades de saúde e implantar a notificação compulsória, assegurando que os dados sejam registrados para o acompanhamento e o monitoramento pelos municípios;
Assegurar a inclusão e o reenchimento pelos profissionais dos quesitos identidade de gênero e orientação sexual nos prontuários clínicos e nos demais documentos de identificação e notificação do Sistema Único de Saúde (SUS);
Ampliar as políticas públicas de qualificação, emprego e geração de renda para mulheres;
Criar equipamentos com equipes multidisciplinares, que ofereçam atendimento psicossocial e jurídico para mulheres vítimas de violência, promovendo fortalecimento e assegurando o acesso a direitos para essas mulheres;
Priorizar mulheres, especialmente mulheres negras, no acesso a programas de habitação, trabalho, emprego e renda e de acesso ao ensino superior;
Fortalecer a implantação do atendimento ao aborto legal nos hospitais municipais, incluindo a formação dos profissionais e ampliando a assistência humanizada e de qualidade para os casos de aborto inseguro;
Implementar políticas que garantam as condições necessárias para jovens mães voltarem a estudar, sobretudo as mães atípicas e as mães solo;
Incluir os quesitos de identidade de gênero, nome social e orientação sexual, em todos os formulários para acesso a políticas e serviços municipais.
Daniel Coelho (PSD)
No plano de governo de Daniel Coelho, a palavra mulher consta 15 vezes; e gênero, sete vezes. Os termos feminicídio, mãe e maternidade não aparecem no programa do candidato. As propostas dele para as mulheres são:
Criar um programa de inclusão feminina para estimular a inclusão de mulheres nas áreas de ciências, tecnologia, engenharias e matemática em parceria com o sistema S e universidades locais, com foco na inserção de mulheres em áreas de trabalho com maior renda;
Implementar políticas específicas para o empoderamento econômico de mulheres, garantindo igualdade de oportunidades e acesso a recursos (microcréditos).
Estabelecer centros de referência para mulheres em bairros estratégicos e desassistidos de serviços públicos dignos, para oferecer apoio psicológico, jurídico e social a vítimas de violência;
Promover programas de capacitação profissional e empreendedorismo feminino;
Implementar campanhas contínuas de conscientização sobre igualdade de gênero e combate à violência contra a mulher, nas escolas municipais e em parceria com escolas privadas, empresas e organizações da sociedade civil;
Ampliar e melhorar os serviços de saúde voltados para as mulheres, com foco em saúde reprodutiva, pré-natal, prevenção de câncer e saúde mental, disponibilizando unidades móveis de saúde para atender áreas periféricas e comunidades específicas do Recife.
Gilson Machado (PL)
No programa de governo de Gilson Machado, a palavra mulher aparece 28 vezes; e mãe, 12 vezes. Os termos gênero, feminicídio e maternidade não foram utilizados. Entre as propostas do candidato voltadas às mulheres, estão:
Capacitar todos os profissionais de segurança para promover o combate à violência contra mulheres, além de oferecer o atendimento adequado às vítimas;
Projeto De Mãe para Mãe: criar uma rede de mães voluntárias e capacitá-las para o acolhimento e atendimento a gestantes e mães com filhos na primeira infância, com o objetivo de promover o fortalecimento de vínculos familiares, a saúde e a cidadania das mães e crianças assistidas.
João Campos (PSB)
O programa de governo de João Campos tem duas ocorrências da palavra mulher e uma de gênero. Os termos mãe e feminicídio não aparecem. Além de citar ações para as mulheres realizadas durante a gestão, o candidato propõe “seguir avançando com o amplo conjunto de políticas públicas e programas sociais para reduzir toda e qualquer forma de desigualdade”.
Ludmila (UP)
O programa de governo de Ludmila traz 18 vezes a palavra mulher e uma vez os termos gênero e mãe. Já feminicídio não aparece. As propostas da candidata para as mulheres incluem:
Fortalecer a presença das mulheres nas diversas etapas dos processos democráticos;
Criar o Centro de Qualificação e Inclusão Produtiva para a Mulher com oferecimento de cursos, palestras, encaminhamentos de trabalho e de geração de renda;
Reduzir os índices de violência contra as mulheres exigindo o cumprimento efetivo da Lei Maria da Penha;
Criar centros de referência para atendimento a mulheres em situação de vulnerabilidade e violência;
Realizar um levantamento das vagas existentes nas creches públicas municipais e uma ampliação de acordo com a necessidade de cada região, além de ampliar funcionamento para contemplar o horário de trabalho da mãe ou responsável por levar e buscar a criança.
Simone Fontana (PSTU)
A palavra mulher aparece 32 vezes no plano de governo de Simone Fontana; gênero e aborto surgem três vezes, enquanto feminicídio e mãe não constam. As propostas da candidata para as mulheres são:
Criar centros de referência de qualidade às mulheres vítimas de violência;
Garantir emprego e salários dignos para as mulheres;
Lançar programa de moradia para as mulheres;
Revogar as contrareformas sociais que atingem, em especial, as mulheres;
Defender campanhas educativas sobre orientação sexual e identidade de gênero na sociedade com prioridade de atenção nas escolas municipais.
Tecio Teles (Novo)
Enquanto as palavras feminicídio e mãe não aparecem no plano de governo de Tecio Teles, o termo mulher é usado cinco vezes; e gênero, uma vez. Para as mulheres, o candidato propõe:
Abrir centros de apoio e proteção para mulheres vítimas de violência;
Criar programas de educação e sensibilização sobre igualdade de gênero e direitos das mulheres;
Ampliar o atendimento ginecológico e obstétrico nas unidades de saúde, garantindo acesso fácil e rápido para todas as mulheres;
Implementar serviços de apoio psicológico e psiquiátrico para mulheres, especialmente para aquelas que enfrentam violência doméstica ou outros traumas.
Victor Assis (PCO)
Não há menção das palavras mulher, gênero, mãe e feminicídio no programa de governo de Victor Assis, que não conta com projeto voltado para as mulheres.
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