Boulos, Datena e Nunes decidem não participar de debate da revista Veja após brigas com Pablo Marçal e tropeços


Oficialmente, as campanhas alegam que os candidatos já tinham outros compromissos agendados para o mesmo horário. Na última quinta (15), a revista havia divulgado para a imprensa dizendo que todos os principais candidatos tinham confirmado presença. Debate acontecerá com a presença de Tabata Amaral (PSB), Pablo Marçal (PRTB) e Marina Helena (Novo). Os candidatos à Prefeitura de SP Guilherme Boulos (PSOL), José Luiz Datena (PSDB) e Ricardo Nunes (MDB).
Montagem/g1/Divulgação
Guilherme Boulos (PSOL), José Luiz Datena (PSDB) e Ricardo Nunes (MDB) decidiram não participar nesta segunda-feira (19) do debate entre os candidatos à Prefeitura de São Paulo promovido pela revista Veja e a Escola Superior de Propaganda e Marketing (ESPM).
A decisão das campanhas foi de não comparecer ao encontro aconteceu na noite deste domingo (18), sem que muitos detalhes fossem dados sobre os motivos da desistência.
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Na última quinta-feira (15), a revista havia divulgado para a imprensa dizendo que todos os principais candidatos tinham confirmado presença no debate, que será às 23h.
Oficialmente, as campanhas alegam que os candidatos já tinham outros compromissos agendados para o mesmo horário. Mas o g1 apurou com as campanhas que a revista se antecipou e anunciou sem a confirmação oficial dos partidos.
Os coordenadores de campanha alegam também que a falta de controle dos organizadores dos debates sobre o comportamento do candidato Pablo Marçal (PRTB) foi o principal motivo dos cancelamentos de última hora.
Um dos interlocutores alegou que, nos últimos encontros promovidos pelo jornal ‘O Estado de São Paulo’ e pela TV Bandeirantes, o candidato do PRTB falou palavrões, fez ofensas e alegações sem provas e até se envolveu num embate pessoal com o candidato Guilherme Boulos (PSOL), ao exibir o tempo todo uma carteira de trabalho contra o rosto dele.
Candidatos trocam ofensas durante debate.
Reprodução/ Youtube
O convite de última hora da Veja para que a candidata Marina Helena (Novo) participasse do encontro desta segunda (19) também foi motivo de controvérsia entre os desistentes.
Eles afirmaram que a Veja não havia incluído a candidata na ata da reunião de organização com os partidos. O nome de Marina Helena também não apareceu no release distribuído pela revista na quinta (15).
O g1 procurou a organização do debate da Veja, mas não recebeu retorno. A revista limitou-se a dizer por mensagem, por meio da assessoria de imprensa, que o debate está mantido e que nenhum dos candidatos informou oficialmente que não participariam do encontro.
Ainda disse que o debate aconteceria com os demais candidatos Tabata Amaral (PSB), Marina Helena (novo) e Pablo Marçal (PRTB).
Entre os três candidatos desistentes, apenas José Luiz Datena (PSDB) ainda não tinha confirmado presença oficialmente, segundo o comunicado da Veja para a imprensa. O mal desempenho dele nos últimos debates, em que não soube controlar os tempos de pergunta e resposta, deixou o candidato do PSDB inseguro sobre participações em novos debates, segundo interlocutores tucanos.
‘Baixaria e jogo rebaixado’
Na sexta-feira (16), ao dar a largada da campanha no bairro onde moro na periferia da Zona Sul de São Paulo, o candidato do PSOL havia comentado que não iria “cair em jogo rebaixado de quem quer fazer da eleição um vale tudo”, ao ser questionado sobre as insinuações de Pablo Marçal contra ele.
“A nossa campanha quer fazer com que a periferia volte a ter prioridade na cidade de São Paulo. É uma campanha que entende que enfrentar as desigualdades é bom pra cidade toda. O que a gente viu, lamentavelmente nos dois debates que tiveram até aqui foi uma tentativa de rebaixamento, do uso de mentiras para evitar o debate de propostas. Eu vou seguir nos debates apresentando propostas e aquilo que as pessoas querem saber: falar sobre o Poupatempo da Saúde pra reduzir fila de exame, do que a gente vai fazer no transporte público”, afirmou.
“Não vou cair em jogo rebaixado de quem quer fazer da eleição um vale tudo. De quem quer rolar na lama. Eu e a Marta não estamos nessa campanha pra isso”, completou Guilherme Boulos.
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