Leia os principais pontos da decisão de Moraes que autorizou prisão de Braga Netto


Tentativa de atrapalhar investigação, recursos para execução de autoridades e planejamento de golpe estão entre condutas listadas por Moraes. Ex-ministro foi preso neste sábado (14) no Rio de Janeiro.
Ministro da Casa Civil, Walter Braga Netto
Isac Nóbrega/PR
A decisão do ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) que autorizou a prisão do general Braga Netto, ex-chefe da Casa Civil do governo Bolsonaro, traz uma série de agravantes usados para justificar a detenção do militar.
Braga Netto foi preso na manhã deste sábado (14) em seu apartamento no Rio de Janeiro. Leia abaixo os principais pontos da determinação.
Embaraço a investigação
A Polícia Federal (PF) apontou que o novo depoimento prestado por Mauro Cid, ex-ajudante de ordens de Jair Bolsonaro, apresentou elementos que permitem caracterizar a existência de conduta de Braga Netto no sentido de impedir ou embaraçar as investigações.
Segundo a PF, o general agiu para impedir o esclarecimento dos fatos, principalemte ao tentar obter informações da delação do ex-ajudantes de ordens de Bolsonaro, Mauro Cid, em sua delação premiada.
As investigações apontam que o objetivo de Braga Netto era controlar as informações fornecidas, alterar a realidade dos fatos apurados, além de consolidar o alinhamento de versões entre os investigados.
Telefonemas a pai de Cid
O relatório da PF apresenta ainda uma perícia realizada no celular do pai de Mauro Cid que mostra que as mensagens trocadas com Braga Netto foram apagadas em 8 de agosto de 2023, três dias antes da operação “Lucas 12:2”.
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