Conheça 12 personalidades que levaram o nome de Feira de Santana pelo mundo

A segunda maior cidade do estado tem o maior entroncamento rodoviário do norte e nordeste e detém uma economia pujante, mas a fama da Princesa do Sertão chega ainda mais longe porque é, também, um celeiro de personalidades importantes em diversas áreas. No primeiro dia de atividades, o g1 Feira de Santana e região reúne 12 nomes de ilustres feirenses, de diferentes áreas, que ajudaram a difundir o nome da “Princesa do Sertão” pelo mundo e a fortalecer a identidade de pertencimento dos moradores do município. Confira a lista, por ordem alfabética:
Anderson Talisca (ver se tem foto no sistema)
O jogador de futebol Anderson Souza Conceição, conhecido como Anderson Talisca, cresceu nos bairros periféricos da Rua Nova e Aviário. Ingressou nas categorias de base do Esporte Clube Bahia ainda na adolescência e, em 2013, aos 18 anos, estreou profissionalmente na mesma equipe.
O sucesso no Brasil o levou ao futebol europeu, e ele se destacou no time português Benfica. A atuação internacional rendeu a Talisca a convocação para a Seleção Brasileira em 2018. Atualmente, ele é atacante do Al-Nassr, da Arábia Saudita.
Carlos Pitta (ver se tem foto no sistema)
Com mais de quatro décadas de carreira, o cantor e compositor Carlos Pitta é uma referência na Música Popular Brasileira (MPB), com destaque para ritmos regionais, como forró e xote. Ele já se apresentou em países como Estados Unidos, Suíça, Alemanha, Itália, Bélgica.
Pitta lançou mais de 15 discos e tem canções gravadas por Elba Ramalho, Alcione, Margareth Menezes, Trio Nordestino, Armandinho, Dodô e Osmar, Cheiro de Amor, Paulinho Boca de Cantor, Banda de Boca, entre outros.
Também dividiu palco com Caetano Veloso, Dominguinhos, Geraldo Azevedo, Belchior, Nando Cordel, Fagner e Ivete Sangalo, que foi “descoberta” por ele enquanto cantava em um barzinho da capital baiana, conforme relato da própria cantora.
Divaldo Franco (tem foto no sistema)
O médium e líder espírita Divaldo Franco, umas das maiores referências mundiais da doutrina, é o caçula do casal Francisco Pereira Franco e Anna Alves Franco, que engravidou aos 44 anos. As experiências com a mediunidade começaram ainda na infância, motivo pelo qual teve problemas com os irmãos mais velhos e o próprio, pai que o recriminavam por achar que se trata de algo “demoníaco”.
Há mais de 70 anos, em parceria com o falecido amigo Nilson de Souza Pereira, fundou a Mansão do Caminho, onde presta um trabalho de assistência social a milhares de pessoas carentes de Salvador. Divaldo já recebeu honrarias nacionais e internacionais e acumula mais de 20 mil conferências e seminários em 71 países, nos cinco continentes. Apelidado de “Semeador de Estrelas” ele psicografou, pelo espírito de Joanna de Ângellis, dezenas de obras.
Aos 97 anos, ele enfrenta um câncer de bexiga recém-descoberto e está em tratamento.
Hilton Cobra (tem foto no sistema)
José Hilton Santos Almeida, 68 anos, ou Hilton Cobra, como é conhecido, é ator de teatro. Ele morou na cidade onde nasceu – especificamente na Rua Cristóvão Barreto, no bairro Serraria Brasil – até os 18 anos. Depois, foi transferido pela construtora onde trabalhava para Salvador, onde morou por uma década
Foi na capital baiana que a história de Hilton com o teatro deu os primeiros passos, em 1975, quando conheceu pessoas da área. Três anos depois, entrou para o grupo de teatro “Carrancas”, da Universidade Federal da Bahia (Ufba), e nunca mais parou. Atualmente, ele vive no Rio de Janeiro.
Hilton tem passagens pela televisão e pelo cinema. Recentemente, interpretou o personagem Cata Ouro, na novela “Fuzuê”, da Rede Globo e no cinema também participou do filme “Medida Provisória”, dirigido por Lázaro Ramos. Ainda no teatro, está há sete anos em cartaz com o espetáculo monólogo “Traga minha cabeça”, de Lima Barreto.
Ao longo da carreira, Hilton dirigiu o Centro Cultural José Bonifácio, voltado para a valorização da cultura afro-brasileira (1993-2001), fundou a “Companhia dos Comuns”, companhia de teatro somente com atores e atrizes negros e foi presidente da Fundação Cultural Palmares.
Irving São Paulo (ver se tem foto no sistema)
Irving São Paulo nasceu em 26 de outubro de 1964, em Feira de Santana, onde começou a atuar em peças de teatro. Após ganhar notoriedade nos palcos, ele foi chamado para a televisão, e participou de grandes novelas brasileiras, como “Bebê a bordo”, “Mulheres de Areia”, “A Viagem” e “Torre de Babel”.
O ator era filho de Olney São Paulo, cineasta e escritor, nascido em Riachão do Jacuípe, cidade a 78 quilômetros de Feira. Irving faleceu aos 41 anos de idade, vítima de pancreatite necro-hemorrágica. A morte precoce do talento baiano gerou forte comoção no país nos anos 90.
Junior Baiano (ver se tem foto no sistema)
Raimundo Ferreira Ramos Júnior, de 54 anos, ou apenas Júnior Baiano, deixou o futebol em 2009, quando atuou pelo Miami FC. Antes de aposentar as chuteiras, fez história no esporte brasileiro.
Foi ídolo do Flamengo durante nove anos, onde se consagrou maior zagueiro artilheiro da história do clube. Também passou por times como São Paulo, Vasco e Palmeiras, onde foi campeão da Libertadores em 1999.
O ex-atleta fez parte do elenco de equipes internacionais e atuou em 25 jogos da Seleção Brasileira, incluindo a Copa das Confederações de 1997, quando a equipe foi campeã, e a Copa do Mundo de 1998, na França, quando o Brasil foi vice-campeão.
Juraci Dórea Falcão (ver se tem foto no sistema)
Juraci Dórea é o grande nome das artes plásticas feirense. É escultor, pintor, desenhista, fotógrafo e poeta, graduado em arquitetura pela Universidade Federal da Bahia (UFBA).
Na década de 80, iniciou o Projeto Terra, voltado à criação de grandes esculturas de couro e madeira, além de murais do sertão. Muitas dessas peças estão espalhadas por Feira de Santana, como um painel na estação rodoviária e o Monumento Caminhos de Feira, no cruzamento entre as avenidas Senhor dos Passos e Getúlio Vargas.
A arte de Juraci ultrapassou as fronteiras e chegou a países como Veneza e Havana. Aos 80 anos, continua em atividade. Somente em 2024, fez três exposições em São Paulo, uma em Curitiba e duas na Itália.
Luís Caldas (tem foto no sistema)
Saiu do icônico bairro do Tomba o feirense que é símbolo fundamental da história da cultura baiana e se tornou o “pai” do Axé Music: Luiz César Pereira Caldas, ou apenas Luiz Caldas.
Ainda pequeno, observava o irmão Durval Ângelo nas aulas de música e se tornou autodidata. Também tirava “de ouvido” as canções que escutava no rádio popular.
Autor de grandes hits do axé, como Tieta, Haja Amor, Fricote, Magia, e muitas outras, Luiz tem 61 anos e lança um disco por mês na internet, de ritmos diversos, como forró e samba. Ele morou em outras cidades baianas, em São Paulo e no Rio de Janeiro, antes de voltar a residir na Bahia, em Salvador.
Maria Quitéria (tem foto no sistema)
Maria Quitéria é uma das figuras femininas mais transgressoras da história do país e se tornou conhecida por participar da guerra pela Independência do Brasil na Bahia, em uma época em que somente homens faziam parte das Forças Armadas.
Para integrar o Exército Brasileiro na luta contra as tropas portuguesas, precisou se tornar ‘Soldado Medeiros’ e, disfarçada de homem, atuou nos combates. Mesmo descoberta depois de um tempo, continuou nas batalhas por ter atuação valente e eficaz.
Renegada pela família por causa da coragem de ir à guerra disfarçada de homem, recebeu várias honrarias e foi reconhecida pelo então imperador Dom Pedro I. Ela morreu na capital baiana em 1853, aos 61 anos, vítima de doenças hepáticas.
Em Feira de Santana, o memorial no Casarão Olhos D’Água conta a história da heroína, que dá nome também a uma das principais avenidas da cidade. Além disso, o distrito onde a feirense nasceu foi batizado com o nome dela.
Maria Quitéria de Jesus (1792-1853) é a padroeira do Quadro Complementar de Oficiais, que reúne as atividades de apoio ao Exército Brasileiro, e tem o nome inscrito no livro dos Heróis e Heroínas da Pátria, que está guardado no Panteão da Liberdade e Democracia, em Brasília, e registra nomes de brasileiros e brasileiras que trabalharam pela construção e defesa do País.
Rachel Reis (tem foto no sistema)
Aos 27 anos, Rachel Reis desponta como um dos grandes nomes da nova geração musical brasileira. Criada no bairro Parque Ipê, ela começou a relação com a música ainda dentro de casa, com a mãe Maura Reis e a irmã Sarah Reis, que também são cantoras.
A “sereiona”, como é chamada pelos fãs, teve a música “Maresia” incluída na trilha sonora da novela Fuzuê, da Rede Globo. Quase que simultaneamente, gerou a canção “Caju” para a série “Cangaço Novo”. Em 2023, foi indicada ao Grammy Latino com o álbum de estreia Meu Esquema (2022) na categoria Melhor Álbum de Rock ou Música Alternativa em Língua Portuguesa.
Russo Passapusso (tem foto no sistema)
“Não passa disso, não me engana, sou sulamericano de Feira de Santana”. É desse modo que Roosevelt Ribeiro de Carvalho, ou Russo Passapusso, se apresenta em uma das canções da banda Baiana System, que atrai multidões no carnaval de Salvador, em festivais de música e shows em todo o país.
Nascido em Feira, criado em Senhor do Bonfim, no norte do estado, Russo afirma que as raízes sertanejas estão presentes no trabalho multifacetado que encanta milhares de pessoas e faz o “Navio Pirata”, trio elétrico do grupo, navegar em um mar de gente.
Russo é compositor, cantor, pesquisador e escritor. Na lista de artistas com quem já gravou, estão grandes nomes nacionais e internacionais como Gilberto Gil, Elza Soares, Margareth Menezes e Mano Chao.
Vitorino Campos (ver se tem foto no sistema)
O estilista feirense Vitorino Campos tem 37 anos, e aos 25 alcançou o grande escalão da moda brasileira ao participar pela primeira vez da São Paulo Fashion Week, em 2012. Desde então, a carreira dele só cresceu e as peças criadas por Vitorino já vestiram estrelas como as atrizes Flávia Alessandra e Fernanda Paes Leme.
Criado entre o ateliê de costura de uma tia e a fábrica de fardamentos da minha mãe, ele cresceu rodeado por tecidos e aviamentos e se mudou aos 18 anos para Salvador, a fim de estudar moda.
Em 2016, Vitorino recebeu prêmio de estilista do ano pela Associação Paulista dos Críticos de Arte (APCA), na primeira vez em que a entidade passou a incluir Moda como em suas premiações.
Com isso, o baiano desenhou para grandes grifes, além de desenvolver a própria marca paralelamente, desbravou o eixo Rio-São Paulo e, há pouco mais de um ano, lançou o livro Métodos de modelagem plana por Vitorino Campos, pela Editora Senac Rio.
Adicionar aos favoritos o Link permanente.