Giovanna Antonelli sobre moda: “expressão que vai além das tendências”

Somando três décadas de carreira, Giovanna Antonelli, 48, é um dos principais nomes das telinhas brasileiras. No currículo, a atriz acumula mais de 40 personagens, entre novelas, filmes e séries. À frente de papéis icônicos e memoráveis, ela também virou uma das maiores criadoras de tendências fashionistas.

“É uma honra ser considerada uma ‘it girl’, tanto dentro quanto fora das telas. Sempre tive uma paixão por moda e estilo, e é gratificante ver que isso ressoa com as pessoas”, contou, em conversa com a CNN, durante o lançamento da coleção primavera 25 da marca de roupas Dimy.

“Cada personagem que interpreto é uma oportunidade de explorar diferentes aspectos da moda e da personalidade, o que enriquece a narrativa e torna a experiência ainda mais divertida”, acrescentou.

No histórico da bagagem visual, Giovanna carrega uma diversidade de acessórios e itens que rapidamente caíram no gosto popular. Afinal, como esquecer as capinhas de celular, em forma de soco-inglês, da delegada Heloísa Sampaio em “Salve Jorge” (2012)? Ou, ainda, o esmalte azul da Clara de “Em Família” (2014)?

Abaixo, a atriz reflete sobre a importância de manter uma relação saudável com a moda e como equilibra o próprio estilo sem abrir mão do olhar atento ao que está em alta.

Giovanna Antonelli no lançamento da coleção primavera da marca Dimy
Giovanna Antonelli no lançamento da coleção primavera da marca Dimy / Divulgação/Gustavo Lima

Se pudesse citar uma ou duas personagens que te tiraram da zona de conforto quando o assunto é estilo, quais seriam? E por quais motivos?

Uma personagem que me tirou da zona de conforto foi a Bárbara, na novela “Da Cor do Pecado” (2004). Ela tinha um estilo muito diferente do meu, mais ousado e carregado de referências. Foi um desafio, mas também uma oportunidade incrível de explorar um novo lado da moda, brincar com looks mais dramáticos e até mesmo com maquiagem e acessórios que não fazem parte do meu estilo pessoal.

Outra personagem foi Lívia, na série “Filhas de Eva” (2021). Ela exigia um visual super minimalista e sofisticado, algo bem oposto ao meu estilo. Aprendi a apreciar a beleza na simplicidade e nos detalhes sutis.

Aliás, como você costuma participar desse processo de criação do mood da personagem? A inspiração vem das mulheres ao seu redor, por exemplo?

Para mim, é uma parte essencial para entender e dar vida a elas. A inspiração vem de várias fontes, mas as mulheres ao meu redor definitivamente têm um papel importante. Observo muito suas atitudes, estilos e até pequenos detalhes do dia a dia. Gosto de mergulhar no universo da personagem, suas emoções e como tudo isso pode se refletir no visual. Trabalho de perto com a equipe de figurino e maquiagem para garantir que cada escolha de estilo faça sentido e contribua para contar a nossa história.

Recentemente, o público acompanhou você protagonizando Bia, em “Apaixonada”, que passou por algumas mudanças diante das nuances da vida. Você acredita que a moda caminha e reflete muito do nosso estado de espírito?

Com certeza! A moda tem poder de refletir quem somos e como nos sentimos em determinados momentos. No caso da Bia, em ‘Apaixonada’, o estilo dela evoluiu à medida que ela passou por diferentes experiências e desafios, o que foi muito interessante de explorar. Acredito que a moda é uma forma de expressão que vai além das tendências; ela é uma linguagem que usamos para mostrar ao mundo nossas emoções, fases e até nossas transformações. Assim como a Bia, todos nós mudamos e crescemos, e a moda acompanha essas transições de uma maneira muito natural.

Hoje, qual é a sua relação com a moda? Como você enxerga? E como ela está inserida na sua rotina?

Minha relação com a moda hoje é muito orgânica, como uma extensão da minha identidade que vai além das roupas. Na minha rotina, a moda está presente em todas as decisões, desde o que escolho para vestir em um evento até o look que uso no dia a dia. Também vejo a moda como uma ferramenta de comunicação, que me ajuda a me conectar com meu público. É um equilíbrio entre seguir tendências e manter a essência do meu estilo pessoal.

No dia a dia, você é do tipo que se joga em todas as tendências ou visa criar o próprio estilo diante daquilo que te faz bem?

Eu gosto de estar por dentro das tendências, mas sempre procuro adaptá-las ao meu próprio estilo e ao que me faz sentir bem. Para mim, moda é mais sobre autenticidade do que seguir regras. Então, enquanto me divirto experimentando novas tendências, o que realmente importa é que as peças e looks que escolho reflitam quem eu sou e me deixem confortável.

Aproveitando, há alguma peça que não use de jeito nenhum? E qual não pode faltar no seu armário?

Eu sou muito aberta a experimentar diferentes estilos e peças, mas dificilmente uso algo muito apertado ou desconfortável, peças extremamente justas não fazem parte do meu guarda-roupa. Por outro lado, uma peça que não pode faltar de jeito nenhum no meu armário é uma boa jaqueta de couro. Ela é versátil, atemporal e pode transformar qualquer look, do mais casual ao mais sofisticado. É aquele item coringa.

Para finalizar, há algum truque de styling favorito? Compartilha conosco?

Um dos meus truques favoritos são acessórios, joias, ainda mais que tem uma coleção ‘babadeira’, há mais de 10 anos junto com a Romanel! Eles não podem faltar, e dão um toque especial ao look, porque transformam completamente a produção.

Relembre personagens marcantes de Giovanna Antonelli

Este conteúdo foi originalmente publicado em Giovanna Antonelli sobre moda: “expressão que vai além das tendências” no site CNN Brasil.

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