Operação contra policiais suspeitos de atuar para o PCC faz buscas em Ubatuba, Bragança Paulista e Igaratá


Em Ubatuba, policiais federais cumprem um mandado de busca e apreensão em uma casa na Itamambuca. O dono da casa foi preso em São Paulo. Dinheiro e armas apreendidas durante operação da Polícia Federal e do MP-SP contra policiais corruptos ligados ao PCC.
Reprodução/TV Globo
Uma operação realizada nesta terça-feira (17) contra policiais suspeitos de atuar para o Primeiro Comando da Capital (PCC), principal facção criminosa de São Paulo, faz buscas em Ubatuba, Bragança Paulista e Igaratá.
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130 policiais federais participam da ação, que visa cumprir oito mandados de prisão e 13 de busca e apreensão. Além de Ubatuba, Bragança Paulista e Igaratá, São Paulo é a outra cidade do estado onde há buscas.
Em Ubatuba, policiais federais cumprem um mandado de busca e apreensão em uma casa na praia da Itamambuca. O dono da casa foi preso em São Paulo. Ele é suspeito de lavar o dinheiro para o PCC.
Além deste homem, um delegado, três policiais civis e uma outra pessoa foram presas em SP durante a operação, deflagrada no início da manhã.
A ação é coordenada pela Polícia Federal pelo Grupo de Atuação Especial de Repressão ao Crime Organizado (Gaeco), do Ministério Público, com apoio da Corregedoria da Polícia Civil.
GIF home fotos – dinheiro, armas e joias apreendidas durante operação da Polícia Federal e do MP-SP contra policiais corruptos ligados ao PCC.
Reprodução/TV Globo
Segundo o MP, o objetivo da operação é desarticular diversos crimes cometidos pelo PCC, como lavagem de dinheiro e corrupção ativa e passiva.
“A investigação partiu de análise de provas que foram obtidas em diversas investigações policiais que envolveram movimentações financeiras, colaboração premiada e depoimentos. Tais elementos revelaram o modo complexo que os investigados se estruturaram para exigir propina e lavar dinheiro para suprir os interesses da organização criminosa”, explicou o MP.
O g1 apurou que uma das investigações que conseguiram provar os crimes por parte dos suspeitos é o do assassinato do delator Vinícius Gritzbach, ocorrido em 8 de novembro, no Aeroporto Internacional de São Paulo, em Guarulhos – veja o vídeo abaixo.
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A Justiça decretou a prisão temporária dos investigados, buscas e apreensões em endereços relacionados a eles, e outras medidas cautelares como bloqueio de contas bancárias e o sequestro de bens.
Os alvos da operação podem responder pelos crimes de organização criminosa, corrupção ativa e passiva e ocultação de capitais, cujas penas somadas podem alcançar 30 anos de prisão.
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