Polícia apura morte de turista atropelada por ônibus em faixa de pedestres no Rio

A turista Priscila Marques Monteiro, de 27 anos, morreu na última terça-feira (17), depois de ficar internada em estado grave no Hospital Municipal Miguel Couto, devido a um atropelamento no Aterro do Flamengo, na zona sul do Rio de Janeiro. Ela morava em Salvador e estava visitando a capital fluminense pela segunda vez.

O atropelamento de Priscila aconteceu no dia 7 de dezembro, na Rua do Russel.

Segundo testemunhos que foram reunidas pela família, a mulher de 27 anos atravessava na faixa de pedestres com uma bicicleta, quando foi atingida por um ônibus da linha 472 (Triagem-Leme), que teria avançado o sinal.

“O impacto foi tão forte que Priscila quebrou o para-brisa do ônibus com a cabeça e sofreu uma fratura exposta no calcanhar”, afirma Gabriel Nascimento, de 27 anos, um dos amigos que incentivou a viagem da jovem ao Rio.

A jovem foi socorrida pelos bombeiros e encaminhada ao Hospital Municipal Miguel Couto, que confirmou a gravidade da lesão craniana.

Após a cirurgia de emergência, foram 10 dias de agonia vividos pelos familiares e amigos, que terminaram com a morte encefálica confirmada no dia 17 de dezembro.

Família pede por justiça

Em conversa com Gabriel, o amigo da família revelou que a decisão de colocar um advogado para conduzir o caso partiu depois da ida do motorista à delegacia. “Ele registrou o ocorrido, no Catete, deu a versão dele e foi liberado”, afirma, ressaltando que não foi feita nenhuma perícia no veículo ou na bicicleta que Priscila estava usando no momento do acidente.

Procurada, a Polícia Civil afirmou que “as investigações estão em andamento na 9ª DP (Catete) para esclarecer os fatos e concluir o caso”, porém não confirmou se realizou ou não a perícia no veículo.

A RioÔnibus enviou uma nota lamentando o ocorrido e informando que o caso está sendo conduzido pelo Departamento Jurídico da empresa. A companhoa não respondeu por que não solicitou o afastamento do motorista envolvido no acidente.

A Secretaria Municipal de Transportes afirmou que “oficiou o consórcio a prestar esclarecimentos sobre o ocorrido e solicitou que o consórcio apresente quais medidas foram tomadas, bem como os esforços concretos a serem exercidos para mitigar danos e desencorajar condutas futuras semelhantes que possam trazer risco para a coletividade”.

“Ainda não obtivemos nenhuma nota oficial. O advogado que está ajudando a família cobrou uma manifestação da Secretaria de Transportes e da RioÔnibus. As autoridades não disseram nada e não nos ajudaram em nada até o momento”, desabafa Gabriel.

Agora, a família retorna com o corpo da filha para a Paraíba, após conseguir a liberação para o translado. Segundo os familiares e amigos, nenhum representante da empresa concessionária da linha 472 entrou em contato.

Este conteúdo foi originalmente publicado em Polícia apura morte de turista atropelada por ônibus em faixa de pedestres no Rio no site CNN Brasil.

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