4ª Seresta da Saudade homenageia os 102 anos do carnavalesco e boêmio Mestre Jaime, em Salgueiro


O evento começa às 19:30, neste sábado (21), com concentração na Praça Benjamin Soares. De lá, segue em cortejo pelas ruas pelas ruas da cidade até o Coreto da Catedral de Santo Antonio. Corrida de bonecos gigantes e estreia do filme sobre Mestre Jaime abrem a programação do carnaval de Salgueiro
Divulgação
O Centro de Artes Mestre Jaime, em Salgueiro, no Sertão de Pernambuco, vai realizar neste sábado (21) a 4ª Seresta da Saudade, que homenageia os 102 anos do boêmio, músico e carnavalesco Mestre Jaime. O evento inicia a partir das 19:30, com concentração na Praça Benjamin Soares, onde está a estátua do mestre Jaime, em frente a casa onde ele nasceu, ponto turístico e folclórico da cidade.
Por volta das 20:30, o cortejo sairá pelas ruas da cidade, em seresta que já é tradição no município, com os músicos tocando sanfona, violão e outros instrumentos e cantando junto com o público presente. O cortejo finaliza na praça da Matriz, no Coreto da Catedral de Santo Antonio, para dar continuidade ao show artístico ao som dos anos dourados.
No local, a comunidade poderá contar com vários boêmios, com a presença de seresteiros salgueirenses, como Adigena Cunha, Junior Barata, Ramon Junior, Zé Galo e demais membros do grupo de Seresteiros. Além da comodidade das mesas, cadeiras e barzinhos que o evento proporciona. O evento conta com o apoio da prefeitura municipal.
Mestre Jaime e Jaime Filho.
Reprodução/TV Grande Rio
O artista plástico, curador e produtor da seresta, Jaime Alves Filho, falou sobre a importância da celebração dos 102 anos do seu pai, o Mestre Jaime, para a cultura popular.
“Em primeiro lugar, tenho a felicidade de dizer que o mestre Jaime foi o meu pai, então, eu já tenho essa sorte de ter um pai com as características, com a mentalidade que ele teve. E a gente, como família, procura manter essa cultura, esses gestos, essas produções de vida dele por muito tempo, porque a nossa preocupação agora é a continuidade da história dele, para que não morra com as pessoas que o conheceram e conviveram com ele. É tanto que estamos agora preparando um projeto para montar um Memorial ao Mestre Jaime, para que fique mais perpétuo, para que dure pelo menos mais umas três ou quatro gerações. Me sinto muito vaidoso e muito feliz por ter essa oportunidade de fazer esse trabalho”, contou.
A primeira edição da Seresta da Saudade foi a única que contou com a presença de Mestre Jaime, realizada em 2019, pré pandemia.
Quem foi Mestre Jaime
Com sorriso de ouro e muita alegria, Mestre Jaime comanda bloco Bicharada no Sertão de PE.
Héliton Araujo/ Arquivo pessoal
Nascido em Salgueiro, o carnavalesco Jaime Alves Concerva, mais conhecido como Mestre Jaime marcou seu nome da história do município com a criação do bloco da “Bicharada”. Ao longo de 75 anos, levou alegria aos foliões com seus bonecos gigantes, representando animais e pessoas anônimas. Além de carnavalesco, Mestre Jaime era artista plástico, seresteiro, músico e alfaiate.
Outra marca de Mestre Jaime eram os ternos coloridos que ele utilizava durante o carnaval. Assim como os bonecos gigantes, as peças eram produzidas por eles. Para completar o visual autêntico, o carnavalesco usava uma dentadura de ouro 18 quilates.
Ele morreu aos 98 anos, após ter testado positivo para a Covid-19 e ser internado no Hospital Regional de Salgueiro. Ele morreu de falência múltipla dos órgãos, de acordo com informações passadas por familiares.
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“Em primeiro lugar, tenho a felicidade de dizer que o mestre Jaime foi o meu pai, então, eu já tenho essa sorte de ter um pai com as características, com a mentalidade que ele teve. E a gente, como família, procura manter essa cultura, esses gestos, essas produções de vida dele, por muito tempo porque a nossa preocupação agora é a continuidade da história dele, para que não morra com as pessoas que o conheceram e conviveram com ele. É tanto que estamos agora preparando um projeto para montar um Memorial ao Mestre Jaime, para que fique mais perpétuo, para que dure pelo menos mais umas três ou quatro gerações e tenha uma continuidade. Mas me sinto muito vaidoso e muito feliz por ter essa oportunidade de fazer esse trabalho”, o
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