Retrospectiva 2024: ouça cinco álbuns internacionais que se destacaram esse ano

Em 2024, vários ritmos tiveram seu espaço na lista dos principais lançamentos musicais. Rap, country e pop centralizaram o poder na indústria mundial e enfileiraram produções de grandes nomes, como Kendrick Lamar, Beyoncé e Taylor Swift, respectivamente.

As duas últimas, aliás, seguem ditando as regras da música mundial com “Cowboy Carter” e “Tortured Poets”, mas ganharam a companhia de nomes que ascenderam ao estrelato, como Sabrina Carpenter e Charli XCX. O ano também foi marcado pelo retorno com força dos álbuns feitos para serem ouvidos como projeto inteiro, com conceito, transições, easter eggs, seguindo a tendência ditada pelos grandes nomes da indústria.

Ainda teve Billie Eilish mergulhando dentro de si mesmo e trazendo revelações sobre sua vida e sua sexualidade em “Hit Me Hard And Soft”.

Veja abaixo uma lista de cinco álbuns internacionais — com direito a um disco bônus — que marcaram 2024:

“Cowboy Carter” — Beyoncé

O álbum, que dá continuidade à trilogia proposta pela cantora, sucede o “Renaissance”, lançado em 2022, e traz um mergulho profundo de Beyoncé na história da música country.

Com 27 músicas, “Cowboy Carter” traz diversos destaques, incluindo “ll Most Wanted”, parceria com Miley Cyrus e “Levii’s Jeans”, com Post Malone. No disco, a cantora também usou o sample de um funk brasileiro na faixa “Spaghetti”, com autoria do DJ brasileiro O Mandrake.

“A alegria de criar música é que não há regras”, disse Beyoncé em comunicado enviado à imprensa. “Quanto mais vejo o mundo evoluindo, mais sinto uma conexão mais profunda com a pureza. Com inteligência artificial, filtros digitais e programação, eu queria voltar aos instrumentos reais, e usei alguns muito antigos”, garantiu.

O disco foi teve o melhor desempenho dentro todos os álbuns country lançados no ano e está indicado ao Grammy Awards de Álbum do Ano, prêmio que Beyoncé nunca levou para casa.

“The Tortured Poets Department” — Taylor Swift

Em abril, Taylor Swift surpreendeu os fãs com seu novo disco, revelando que se tratava de um álbum duplo com canções sobre desgosto e um período descrito como “a história mais triste” da vida da cantora.

Seu 11º álbum de estúdio, com 16 faixas, foi lançado oficialmente à meia-noite, mas duas horas depois, ela revelou uma segunda parte com 15 músicas extras.

“Escrevi tantas poesias torturantes nos últimos 2 anos e queria compartilhar tudo com vocês”, escreveu a cantora no Instagram.

Uma descrição de “Poets” em uma postagem separada no Instagram dizia que era “uma antologia de novos trabalhos que refletem eventos, opiniões e sentimentos de um momento fugaz e fatalista, um momento que foi, ao mesmo tempo, sensacional e triste em igual medida”.

O disco da loirinha foi o mais bem-sucedido comercialmente neste ano, sendo o mais ouvido do Spotify em todo o mundo. Ele também passou 16 semanas na liderança da principal parada de álbuns dos Estados Unidos, a Billboard 200, e se tornou o terceiro disco da história a passar mais tempo no topo do ranking.

Acima dele estão dois clássicos da música:

  • “21”, de Adele, com 24 semanas;
  • “The Bodyguard” (trilha-sonora do filme “O Guarda-Costas), de Whitney Houston, com 20 semanas.

“The Tortured Poets Department” também está indicado ao Grammy Awards de Álbum do Ano.

“Short N’ Sweet” — Sabrina Carpenter

Depois de estourar nas paradas musicais com a canção “Espresso”, a cantora Sabrina Carpenter, 25, lançou seu novo álbum de estúdio, o “Short n’ Sweet”. A artista pop também já havia divulgado “Please Please Please”, segundo single do novo disco.

Ao todo, “Short n’ Sweet” contempla 12 canções. Dentre elas, “Taste”, responsável por abrir o novo projeto; “Dumb & Poetic”; “Don’t Smile” (responsável por encerrar o disco); e “Slim Pickins”.

O disco é recheado de relatos pessoais associados aos relacionamentos de Sabrina Carpenter com Shawn Mendes e Barry Keoghan e também está indicado ao Grammy Awards de Álbum do Ano.

“Brat” — Charli XCX

Mais do que um álbum, Charli XCX lançou um movimento cultural. A influência de “Brat” foi além do universo da música e se tornou pauta nas eleições presidenciais dos Estados Unidos e refrescou a fatia dos fãs de pop que preferem curtir música nas pistas de dança.

O lançamento do álbum foi o culminar de uma campanha de divulgação encampada pelos fãs brasileiros da cantora, que encheram redes sociais como o X, antigo Twitter, e o Instagram de referências à identidade visual de “Brat”.

A capa do novo disco é simples, marcada por uma cor que ficou conhecida como “verde Brat” e encheu as timelines das pessoas de memes e as notas do Instagram de quadradinhos da cor do álbum.

Além de promover “Brat” usando pequenos caminhões revestidos com LED em cidades como Londres e Paris, a cantora também trocou todas as capas dos seus outros álbuns em plataformas de streming musical para a identidade visual do novo disco, mantendo apenas a cor-símbolo de cada um deles.

Também indicado ao Grammy Awards de Álbum do Ano, “Brat” foi eleito pela Rolling Stone o melhor disco do ano.

“Hit Me Hard And Soft” — Billie Eilish

Após dois anos de seu último disco, Billie Eilish lançou seu terceiro álbum de estúdio. Intitulado “Hit Me Hard And Soft”, o projeto promete ser um retorno ao seu “eu” do passado. Ela anunciou o novo álbum em abril deste ano, uma ação que sucedeu uma empreitada de marketing feito pela ferramenta “Melhores Amigos” do Instagram.

Em entrevista a Rolling StoneBillie Eilish disse que precisou entrar em contato com seu lado mais sombrio para a nova produção, e que isso a relembrou do período vivido com o disco de 2019.

“Foi a melhor época da minha vida. Todo esse processo pareceu que eu estava voltando para a garota que eu era. Eu estive de luto por ela. Tenho procurado por ela em tudo e é quase como se ela tivesse sido afogada pelo mundo e pela mídia”, comentou.

O disco trouxe uma das principais canções de amor do ano, “Birds Of A Feather”, além de hits como “Skinny”, “Lunch” e “Chihiro”, que mostraram novas perspectivas sobre a sexualidade e a vida de Billie. Queridinha da academia e dona de nove Grammy Awards, ela está novamente indicada na categoria de Álbum do Ano na edição de 2025.

Bônus: “GNX” — Kendrick Lamar

Lançado apenas em dezembro, “GNX” não teve tempo para ser indicado do Grammy Awards, mas deixou sua marca na lista de lançamentos do ano. Enfileirando sucesso comercial e de crítica, o sexto álbum de estúdio do rapper veio após ele passar o ano inteiro trocando acusações com Drake e trouxe canções que já são hits, como “luther” (com SZA), “tv off” (com lefty gunplay) e “squabble up”.

*Com informações de Ana Beatriz Dias e Carol Ferreira, da CNN; e da Reuters

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Este conteúdo foi originalmente publicado em Retrospectiva 2024: ouça cinco álbuns internacionais que se destacaram esse ano no site CNN Brasil.

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