Prefeitura de SP vai romper contratos com empresas de ônibus ligadas ao PCC

A Prefeitura de São Paulo anunciou, nesta segunda-feira (23), que deu início à abertura de processos para romper os contratos de concessão que possui com as empresas de ônibus Transwolff e UPBus, investigadas por envolvimento com a facção Primeiro Comando da Capital (PCC).

A decisão foi tomada após reunião realizada pela Secretaria Municipal da Fazenda, Secretaria Executiva de Transporte e Mobilidade Urbana (SETRAM), pela Procuradoria Geral do Município (PGM), Controladoria Geral do Município (CGM) e pela SPTrans.

As empresas terão agora um prazo de 15 dias úteis para se manifestarem. “A Prefeitura informa que haverá a continuidade do serviço de transporte público à população sem qualquer prejuízo, bem como os pagamentos a funcionários e fornecedores das duas companhias”, diz nota da administração municipal.

Desde o dia 9 de abril, a Transwolff e a UPBus estão sob intervenção municipal. A medida foi tomada após uma operação do Ministério Público de São Paulo (MPSP) apontar as concessionárias como intermediárias para lavagem de dinheiro proveniente do PCC.

Fiscalizações realizadas nas empresas pela Prefeitura detectaram a existência de inconformidades financeiras e operacionais, além da necessidade de uma série de mudanças de infraestrutura, manutenção veicular e qualificação das questões financeiras.

Atualmente, a Transwolff opera 132 linhas que transportam 583 mil passageiros por dia na zona sul da capital. Já a Upbus, com uma frota de 158 ônibus, atende 73 mil passageiros por dia na região leste.

Entenda o caso

Uma operação deflagrada pelo Ministério Público de São Paulo (MPSP), em abril desse ano, teve como alvo as empresas Transwolff e UPBus, que operam linhas municipais de São Paulo, e foram apontadas como intermediárias para lavagem de dinheiro proveniente do PCC.

De acordo com a investigação, as empresas, que transportam diariamente mais de 700 mil passageiros na capital paulista, são ligadas à facção criminosa Primeiro Comando da Capital (PCC) e utilizadas para lavar dinheiro obtido com diversos crimes, como tráfico de drogas e roubos.

Ambas as empresas teriam recebido mais de R$ 800 milhões dos cofres públicos somente no ano passado.

A Operação Fim da Linha, cumpriu quatro mandados de prisão preventiva e 52 de busca e apreensão na capital paulista e em outras cidades da região metropolitana e do interior de SP.

O presidente da UPBus, Ubiratan Antônio da Cunha, foi preso na manhã da última sexta-feira (20). A prisão aconteceu em uma ação conjunta da PM com o Grupo de Atuação Especial de Repressão ao Crime Organizado de São Paulo (GAECO).

Este conteúdo foi originalmente publicado em Prefeitura de SP vai romper contratos com empresas de ônibus ligadas ao PCC no site CNN Brasil.

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