Moradores de Kiev vão a missa de Natal em mosteiro de mais de 900 anos

Um alerta de ataque aéreo que durou quase três horas na capital da Ucrânia não impediu os fiéis de irem ao complexo do mosteiro de Kiev-Pechersk para a missa da manhã de Natal nesta quarta-feira (25). A estrutura tem mais de 900 anos.

A Rússia atacou o sistema de energia da Ucrânia e algumas cidades com mísseis de cruzeiro e balísticos, além de drones nesta quarta, um ataque classificado como “desumano” no dia de Natal pelo presidente Volodymyr Zelensky.

A ofensiva feriu pelo menos seis pessoas na cidade de Kharkiv, no nordeste, e matou uma na região de Dnipropetrovsk, afirmaram governadores.

Meio milhão de pessoas na região de Kharkiv ficaram sem aquecimento, em temperaturas de apenas alguns graus Celsius acima de zero, enquanto houve apagões na capital Kiev e em outros lugares.

Os ucranianos estavam celebrando seu segundo Natal nesta quarta, de acordo com um novo calendário em mais um passo para apagar a influência russa.

Entenda a guerra entre Rússia e Ucrânia

A Rússia invadiu a Ucrânia em fevereiro de 2022 e entrou no território por três frentes: pela fronteira russa, pela Crimeia e por Belarus, país forte aliado do Kremlin.

Forças leais ao presidente Vladimir Putin conseguiram avanços significativos nos primeiros dias, mas os ucranianos conseguiram manter o controle de Kiev, ainda que a cidade também tenha sido atacada. A invasão foi criticada internacionalmente e o Kremlin foi alvo de sanções econômicas do Ocidente.

Em outubro de 2024, após milhares de mortos, a guerra na Ucrânia entrou no que analistas descrevem como o momento mais perigoso até agora.

As tensões se elevaram quando o presidente russo, Vladimir Putin, ordenou o uso de um míssil hipersônico de alcance intermediário durante um ataque em solo ucraniano. O projétil carregou ogivas convencionais, mas é capaz de levar material nuclear.

O lançamento aconteceu após a Ucrânia fazer uma ofensiva dentro do território russo usando armamentos fabricados por potências ocidentais, como os Estados Unidos, o Reino Unido e a França.

A inteligência ocidental denuncia que a Rússia está usando tropas da Coreia do Norte no conflito na Ucrânia. Moscou e Pyongyang não negam, nem confirmam o relato.

O presidente Vladimir Putin, que substituiu seu ministro da Defesa em maio, disse que as forças russas estão avançando muito mais efetivamente – e que a Rússia alcançará todos os seus objetivos na Ucrânia, embora ele não tenha dado detalhes.

O presidente ucraniano, Volodymyr Zelensky, disse acreditar que os principais objetivos de Putin são ocupar toda a região de Donbass, abrangendo as regiões de Donetsk e Luhansk, e expulsar as tropas ucranianas da região de Kursk, na Rússia, das quais controlam partes desde agosto.

Este conteúdo foi originalmente publicado em Moradores de Kiev vão a missa de Natal em mosteiro de mais de 900 anos no site CNN Brasil.

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