Frutas, verduras e legumes da Ceasa-PR (Central de Abastecimento do Paraná), que não atendem mais o consumo humano, viram alimento de animais silvestres resgatados. Toda segunda, quarta e sexta, os produtos que seriam descartados são enviados para o Criadouro Conservacionista Onça Pintada, em Campina Grande do Sul, na Região Metropolitana de Curitiba.
Em média, são doados 29 toneladas de sobras por mês para o abrigo, que recolhe 4 mil animais de 206 espécies diferentes, vítimas de maus-tratos ou em situação de abandono. Para o diretor de patrimônio natural do Instituto Água e Terra (IAT), Rafael Andreguetto, a iniciativa impulsiona a chamada economia circular.
Desde o início da parceria, em setembro do ano passado, o cativeiro não precisou mais comprar alimentos. Segundo o presidente da Ceasa-PR, Eder Bublitz, a proposta é replicar a iniciativa para as outras unidades da central, em Londrina, Maringá, Foz do Iguaçu e Cascavel.
Os insumos descartados para venda compõem o Banco de Alimentos Comida Boa, que primeiro destina as sobras para grupos de assistência social, para depois enviar para o abrigo. Uma terceira etapa estuda tornar os restos de comida em compostagem.
Reportagem: Paula Bulka Durães com supervisão de Francine Lopes
