Entenda como as edições internacionais do BBB influenciam o reality brasileiro

Prestes a estrear sua 25ª edição, o Big Brother Brasil segue como um dos maiores sucessos de audiência da televisão brasileira. Produzido pela TV Globo desde 2002, o programa se consolidou como referência em reality shows e ainda prende a atenção do público até hoje.

Mas antes de conquistar os brasileiros, o formato já fazia sucesso em outros países. Criado pela produtora holandesa Endemol, o Big Brother original foi lançado na Holanda, em 1999, tornando-se rapidamente um dos realities mais influentes do mundo.

Como surgiu o “Big Brother”?

Inspirado no livro “1984”, de George Orwell, o conceito do “Big Brother” foi idealizado pelo produtor de televisão holandês John de Mol. No romance distópico, o “Grande Irmão” é uma figura autoritária que monitora e controla a sociedade por uma vigilância constante.

Essa ideia foi adaptada ao entretenimento: no reality, participantes convivem em uma casa isolada do mundo exterior, vigiadas por câmeras 24 horas por dia, enquanto disputam um prêmio milionário.

A sua primeira edição no mundo foi ao ar em 16 de setembro de 1999, no canal holandês Veronica TV. Desde então, o formato foi replicado em mais de 50 países, incluindo Alemanha, Estados Unidos, Espanha, Austrália e Portugal, entre outros.

Em cada país, o Big Brother apresenta regras e dinâmicas adaptadas às preferências do público local, criando versões únicas do reality, que frequentemente se inspiram mutuamente para trazer novidades e enriquecer o formato.

Dinâmicas internacionais que influenciam o formato brasileiro

Com edições anuais marcadas por constantes inovações, ao longo dos anos, o Big Brother Brasil também incorporou ideias de edições estrangeiras, como novas dinâmicas e até mesmo a realização do intercâmbio de participantes.

No BBB 24, por exemplo, a dinâmica do “Sincerão”, que destruiu cartas enviadas por familiares, foi inspirada em uma prova do Big Brother Canadá, de 2014. Na ocasião, a participante Ika Wong teve que escolher entre destruir as cartas dos colegas ou ganhar US$ 5 mil – e ela optou pelo dinheiro.

Outro exemplo aconteceu na 3ª edição do Big Brother Bulgária, com as trigêmeas Vyara, Nadejda e Lyubov que fingiram ser uma única pessoa. Duas delas ficavam escondidas em um quarto secreto enquanto a terceira interagia com os participantes. Se conseguissem enganar todo mundo, as três teriam direito a participar do programa. Por fim, deu certo e Lyubov foi a grande campeã do reality.

O Brasil também incorporou essa ideia, mas de forma diferente: no BBB 6, os irmãos Djair e Djairo participaram da Prova do Anjo e, ao enganar os demais, levaram R$ 20 mil. Depois, no BBB 17, as gêmeas Amanda e Andressa tentaram algo semelhante na Prova da Comida, mas foram descobertas. No BBB 17, os gêmeos Antônio e Manoel e Emily e Mayla entraram na casa para concorrer a uma vaga por dupla no programa. Emily se consagrou como a campeã da edição.

A dinâmica do Quarto Branco, que consiste em um ambiente totalmente branco, sem janelas, onde os participantes são confinados como parte de uma prova psicológica, foi introduzida pela primeira vez no Big Brother Austrália 7, em 2007. A ideia inspirou a edição brasileira, que adaptou o formato para o BBB 9, BBB 20 e BBB 23, como um desafio para os participantes, que tinham que testar os seus limites lá dentro.

Relembre os intercâmbios que já aconteceram no BBB

O intercâmbio de participantes com outras edições internacionais do Big Brother também é famoso na história do programa. Na dinâmica, um participante de outro reality show é convidado para passar um tempo na casa do BBB, assim como o programa brasileiro também já mandou alguns participantes para representar o país em outros realities pelo mundo afora.

Além disso, o Big Brother Brasil já contou em seu elenco regular com participantes estrangeiros fixos desde a primeira edição, como Serginho (BBB 1), Antonela (BBB 4), Kaysar (BBB 18), e Tina (BBB 23).

Confira aqui quem são os estrangeiros que já fizeram intercâmbio no BBB e quais ex-BBBs já foram para algum reality fora do país.

Intercambistas que passaram pelo BBB:

  • Pablo (BBB 7): na reta final da edição, a casa ficou movimentada com a chegada repentina do argentino Pablo Espósito. Primeiro estrangeiro a figurar no reality brasileiro, ele foi escolhido para vir ao Brasil com 28,7% dos votos do público do Gran Hermano, versão da Argentina do reality. Na ocasião, ele quase viveu um affair com Carolini, e marcou época ao tomar banho sem roupa na casa durante sua estadia.
  • Ricco (BBB 9): vencedor do Big Brother África em 2008, Ricardo, mais conhecido como Ricco, passou quatro dias no programa. Mesmo com pouco tempo de confinamento, o angolano ainda tentou conquistar Priscila Pires, mas não conseguiu.
  • Noemí (BBB 12): diretamente do Gran Hermano, versão espanhola do BBB, Noemí desembarcou no Brasil e visitou a casa ainda no início da edição. Sem disputar o prêmio, ela ficou na casa por cinco dias, e ainda chegou a viver um romance com Fael, campeão do programa.
  • Elettra (BBB 17): Elettra, neta de Ferruccio Lamborghini e herdeira da família Lamborghini, ficou quatro dias na casa com os brothers em 2017 e, depois, a italiana voltou para o Gran Hermano Espanha e não poupou elogios aos brothers brasileiros.
  • Alberto (BBB 19): o italiano Alberto Mezzetti, conhecido como o “Tarzan italiano”, venceu o Gran Fratello, versão italiana do reality show, no ano anterior e, passou cerca de cinco dias na casa brasileira e encantou a todos.
  • Dania Mendez (BBB 23): participante do La Casa de Los Famosos 3, versão mexicana semelhante ao reality, Dania foi escolhida para conviver com os brothers durante alguns dias e contribuiu com a dinâmica de formação do Paredão da semana. Ainda durante sua passagem pela casa, dois participantes foram expulsos do BBB pelo comportamento indevido com a visitante durante uma festa.

Ex-BBBs que já participaram do intercâmbio:

  • Iris Stefanelli (BBB 7): também conhecida como Siri, a sister passou uma semana no Gran Hermano Argentina e conquistou os brothers argentinos.
  • Laisa (BBB 12): em solo europeu, Laisa fez uma visita aos participantes do Gran Hermano Espanha. A gaúcha fez o intercâmbio após ser eliminada do BBB, mas diferentemente dos outros dois brothers que também entraram ao mesmo tempo no reality, ela não foi para disputar o prêmio e ficou apenas por uma semana.
  • Antônio e Manoel (BBB 17): os gêmeos foram os escolhidos para participarem do Gran Hermano Espanha e tiveram que enganar os participantes fingindo ser a mesma pessoa.
  • Key Alves (BBB 23): após ser a oitava eliminada da sua edição no BBB, a atleta Key Alves foi escolhida pela produção para o intercâmbio com o reality show La Casa de los Famosos 3, do México, em uma troca com Dania.

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Este conteúdo foi originalmente publicado em Entenda como as edições internacionais do BBB influenciam o reality brasileiro no site CNN Brasil.

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