Política de salário mínimo impacta nas contas públicas, diz Rogério Marinho à CNN

O senador Rogério Marinho (PL-RN) criticou duramente a política de reajuste do salário mínimo implementada pelo governo Lula, classificando-a como prejudicial às contas públicas.

Em entrevista à CNN nesta segunda-feira (6), Marinho argumentou que o aumento recente do salário mínimo não representa um ganho real para os trabalhadores brasileiros.

“Governo dá com uma mão e tira com as duas”, afirmou o senador.

Segundo o Marinho, o reajuste “pressiona a previdência de BPC (Benefício de Prestação Continuada)” e não reflete um aumento na produtividade.

Marinho questionou: “Pergunte a quem recebe o salário mínimo se ele está melhor ou pior do que em 2022. Como é que está o seu poder de compra com essa política que o governo federal instituiu?”

Críticas ao pacote econômico

Marinho também expressou ceticismo em relação ao pacote econômico apresentado pelo governo ao Congresso.

Ele afirmou que o pacote não tem nenhuma efetividade e revelou ter proposto emendas que, segundo ele, poderiam gerar uma economia de 135 bilhões de reais no ano subsequente, mas foram ignoradas pelo governo.

“O governo faz tudo errado, então ele perde a credibilidade e perde a legitimidade de fazer o debate de forma séria”, declarou Marinho.

Ele criticou ainda a medida provisória que concedeu 18 bilhões de reais de aumento aos funcionários públicos e cargos comissionados, considerando-a inadequada diante da situação econômica do país.

Impacto na economia

O senador alertou para os possíveis efeitos negativos dessas políticas na economia brasileira.

“Nós estamos perdendo a capacidade de ter uma moeda forte, de se ter investimento na economia pelo crescimento dos juros futuros. É um espiral negativo, populista e irresponsável”, afirmou.

Marinho defendeu que aumentos salariais devem estar atrelados a ganhos de produtividade, argumentando que, do contrário, geram um “desajuste na economia’.

Ele concluiu ressaltando que as políticas atuais estão levando a uma deterioração econômica, contrariando as expectativas de melhoria no poder aquisitivo da população.

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