Governo precisa retomar confiança na agenda econômica, dizem analistas

A Lei Orçamentária Anual (LOA) é a prioridade do Palácio do Planalto e da equipe econômica para o início de 2025. Entretanto, o relator da medida no Congresso, senador Angelo Coronel, afirmou que a votação ficará para o final de fevereiro ou para o começo de março, depois do carnaval.

O congressista também tenta corrigir as pendências que envolvem as emendas parlamentares no orçamento deste ano.

Como a LOA ainda não foi aprovada, o Orçamento de 2025 começa com restrições. O governo só pode gastar 1/12 por mês até que a peça orçamentária seja aprovada e sancionada.

Além do exercício financeiro, a equipe econômica observa pontos de inconsistência apresentados pela Receita Federal na reforma da renda. Novos cálculos sobre o imposto de renda de pessoa jurídica impediram que a medida fosse enviada ao congresso logo após o anúncio.

As mudanças no IR só serão apreciadas pela Câmara dos Deputados e pelo Senado após as eleições para as presidências das Casas Legislativas. O ministro da Fazenda admite a possibilidade de que a proposta seja dividida em dois projetos de lei.

As alterações pesaram na percepção do mercado financeiro sobre o compromisso do governo em manter a austeridade fiscal.

A avaliação de analistas é que o executivo precisa apresentar novos cortes nos gastos para retomar a confiança nas contas públicas. O Indicador de Incerteza da Economia, calculado pela Fundação Getulio Vargas, está no maior patamar desde 2021, durante a pandemia de Covid-19.

A aceleração no crescimento da dívida púbica também é motivo de preocupação. Desde o início do terceiro mandato de Lula, o índice cresceu cerca de três pontos percentuais, atingindo 61,2% do Produto Interno Bruto (PIB).

O endividamento do governo encontra dificuldade de estabilização, reflexo de uma expansão nas despesas financiadas pelo governo.

* com informações de Isabel Mega, da CNN, em Brasília.

Este conteúdo foi originalmente publicado em Governo precisa retomar confiança na agenda econômica, dizem analistas no site CNN Brasil.

Adicionar aos favoritos o Link permanente.