Número de mortes por dengue cresce 564% em um ano no Paraná


Em doze meses, doença matou 610 pessoas no estado. Período epidemiológico, iniciado 30 de julho de 2023, registrou alta de mais de cinco vezes dos casos confirmados. Período epidemiológico tem um ano e comça sempre no fim de julho
Sesa-PR
O número de mortes por dengue cresceu 564% no Paraná em um ano. Nesta terça-feira (30), a Secretaria de Estado da Saúde (Sesa) divulgou o último boletim do atual período epidemiológico, iniciado no dia 30 de julho de 2023.
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Conforme o documento, em doze meses a doença matou 610 pessoas no estado, contra 108 no período epidemiológico anterior.
As cidades com mais mortes registradas conforme a Sesa foram:
Cascavel (57);
Londrina (52);
Toledo (44);
Apucarana (27);
Francisco Beltrão (19)
O avanço dos casos confirmados foi parecido, registrando alta de 441%. O boletim desta terça informa 595.732 confirmações, ante 135.064 no período epidemiológico anterior.
As cidades com mais casos confirmados em doze meses foram:
Londrina (40.552);
Cascavel (32.338);
Maringá (23.232);
Apucarana (18.619);
Ponta Grossa (17.440) .
Com a escalada dos casos de dengue, em março o estado decretou situação de emergência em saúde pública. O decreto vigorou por 90 dias.
Das 399 cidades paranaenses, apenas Agudos do Sul e Tunas do Paraná, ambas na Região Metropolitana de Curitiba, não tiveram registros de dengue.
A situação em relação à doença fez com que o Governo do Estado decretasse, em março, a situação de emergência em saúde pública para a dengue. A decisão foi tomada devido ao aumento no número de casos e óbitos pela doença. A vigência do decreto foi de 90 dias.
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O que explica a alta de casos?
Para a coordenadora da Vigilância Ambiental da Sesa, Ivana Belmonte, as altas registradas no período epidemiológico se deve em grande parte às mudanças climáticas, influenciadas principalmente pelo fenômeno El Niño.
“As regiões que historicamente apresentavam baixa circulação viral passaram a apresentar um cenário de impacto. O aumento da pluviosidade e das temperaturas médias tem sido importantíssimos para a proliferação do Aedes, fazendo com que a densidade vetorial aumente, o que reflete na transmissão da dengue, sendo imprescindível a eliminação dos criadouros”, explica.
Outras doenças transmitidas pelo mosquito
Além da dengue, o mosquito Aedes Aegypti também transmite a chicungunya e a zika.
De acordo com a Sesa, no último ano foram confirmados 240 casos de chicungunya e nenhuma morte. No período epidemiológico anterior, foram 900 confirmações e três mortes.
Com relação à Zica, segundo a secretaria, não houve nenhum registro no Paraná nos últimos dois anos.
Quais os sintomas da dengue?
A coordenadora da Vigilância Ambiental alerta que a dengue é uma doença endêmica, com casos registrados o ano todo.
A dengue é transmitida pela picada da fêmea do mosquito Aedes aegypti infectada com o vírus. Após a picada, os sintomas podem aparecer em até 15 dias, segundo a Secretaria de Saúde.
Normalmente, a primeira manifestação da dengue é febre alta (39°C a 40°C), que dura de dois a sete dias, acompanhada de dor de cabeça, fraqueza, dores no corpo, nas articulações e no fundo dos olhos.
A dengue pode provocar também: manchas no rosto, tronco, braços e pernas. Os pacientes podem ter ainda perda de apetite, náuseas e vômitos
Como evitar a dengue?
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RPC Londrina
Evite qualquer reservatório de água parada sem proteção em casa. O mosquito pode usar como criadouros grandes espaços, como caixas d’água e piscinas abertas, até pequenos objetos, como tampas de garrafa e vasos de planta.
Coloque areia no prato das plantas ou troque a água uma vez por semana. Mas não basta esvaziar o recipiente. É preciso esfregá-lo, para retirar os ovos do mosquito depositados na superfície da parede interna, pouco acima do nível da água. O mesmo vale para qualquer recipiente com água.
Pneus velhos devem ser furados e guardados com cobertura ou recolhidos pela limpeza pública. Garrafas pet e outros recipientes vazios também devem ser entregues à limpeza pública. Vasos e baldes vazios devem ser colocados de boca para baixo.
Limpe diariamente as cubas de bebedouros de água mineral e de água comum. Seque as áreas que acumulem águas de chuva. Tampe as caixas d’água.
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