Aíla se une a DJ Méury em releitura tecnomelody de Sentimental, seu mais recente álbum


Disco consolida o encontro entre as artistas que já representaram a música paraense no Rock in Rio e até no Central Park, em Nova Iorque; Aíla se une a DJ Méury
Divulgação
As artistas Aíla e Dj Méury se unem no disco Sentimental Deluxe, uma reeleitura cheia de “rock doido” do disco Sentimental, lançado por Aíla há 3 anos. A nova roupagem deixa o álbum ainda mais pop, ainda mais brega e ainda mais paraense.
Da periferia de Belém, na Terra Firme, ao interior do Pará, na cidade de Cametá, origem das duas artistas, escuta-se a linguagem, acima de tudo, com sonoridade que reflete o que há de mais contemporâneo na música eletrônica periférica do Norte. Mas também é possível ouvir as raízes do Pará, base sobre a qual ambas constroem seus caminhos – diversos, mas cheios de afinidades.
Na amálgama sonora montada por Aíla já cabia brega, calypso, brega funk, pisadinha, pagodão. Agora, o “Rock Doido” de Méury é que dá liga às canções, fazendo delas uma potência popular pronta para as aparelhagens. O romance, o deboche, a volta por cima – tudo segue ali, inclusive as participações de nomes como Rincon Sapiência, Keila e Luísa Nascim, prova de que o disco tem seu chão calcado na diversidade da cultura brasileira. Agora, no entanto, é um tempero quente, frito como as aparelhagens e melodioso como o brega, que conduz cada uma das sete gravações do álbum.
Sucesso popular na noite de Belém, DJ Méury ofereceu um presente para Aíla. Num dia, a artista – que já tinha encontrado Aíla em duas grandes ocasiões, a primeira delas na NAVE, no Rock in Rio, e posteriormente em Nova Iorque, no evento Pororoca BR, no Central Park – enviou uma mensagem de whatsapp para a artista dizendo que tinha feito alguns remixes do disco dela, e que queria mostrar à Aíla. Foi o primeiro – e generoso – movimento para que o álbum inteiro ganhasse a mão de Méury, e agora pudesse ganhar os ouvidos e o calor das ruas.
Na capa, a arte amazônida segue como elemento central. Com direção de arte de Roberta Carvalho, o trabalho de PV Dias, importante artista paraense, imprime traços urbanos exatos à capa do disco, com ilustração feita em cima da icônica imagem do Ver-o-Peso, fotografada pelo paraense Thiago Pelaes, com lettering de Nil Art, das típicas faixas de aparelhagem criando assim uma espécie de cartão-postal reinventado. Um remix de imagens à altura das canções, também reinventadas para soar contemporâneas, urbanas e populares nas mãos de DJ Méury e Aíla.
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